Intervenção

Partidos juntam fatos novos em pedido de intervenção federal

PSDB, MDB, PHS, Podemos e PSC apresentaram à procuradora–geral da República, Raquel Dodge, fatos que atestam uso político da Polícia Militar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Documento determina espionagem da PM a opositores do chefe do Executivo Estadual
Documento determina espionagem da PM a opositores do chefe do Executivo Estadual (Circular manda polícia monitorar adversários de Flávio Dino)

Seis partidos políticos formalizaram a juntada de fatos novos a uma representação protocolada na Procuradoria-Geral da República (PGR) que pede a intervenção federal no Maranhão, em decorrência do suposto uso da Polícia Militar pelo Governo do Estado, para perseguir adversários do chefe do Executivo, Flávio Dino (PCdoB).

No documento, com recortes de jornais, reportagens de blogs e de posicionamentos públicos do governador Flávio Dino e do secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela (PCdoB), as legendas mostraram a existência da figura do “Coordenador das Eleições 2018” na estrutura da Polícia Militar.

O fato foi revelado na semana passada, após denúncia da deputada estadual Andrea Murad (PRP), na tribuna da Assembleia Legislativa e de vazamento do depoimento de policiais militares alvo de uma sindicância.

Na juntada de fatos novos, PSDB, MDB, PHS, Podemos e PSC apresentaram um novo memorando circular, do Comando de Policiamento do Interior da PM, de número 114/2018, que trata da existência do coordenador das eleições.

O documento é assinado pelo coronel Zózimo Paulino Neto, do dia 20 de abril, e que torna sem efeito os memorando emitidos anteriormente com ordens para o fichamento da oposição a Flávio Dino.

Depoimento – Os partidos também destacam depoimento do tenente Juarez Martins Coelho, que aponta a existência do coordenador das eleições dentro da Polícia Militar. No depoimento, o oficial revela que o coronel Heron Santos é quem cobrava dados de políticos adversários do governo de Flávio Dino (PCdoB).

Heron é filiado ao PCdoB e disputou as eleições 2014 para o cargo de deputado estadual.

Há também no novo pedido de aditamento formulado pelas siglas, o escândalo da “farra dos capelães” na Segurança Pública, que é alvo de apuração por parte da Procuradoria Regional Eleitoral do Maranhão.

Ao todo, 36 lideranças religiosas – algumas delas filiadas em partidos políticos da base de apoio a Dino -, foram nomeadas capelães sem a realização de concurso público. A denúncia é de troca de apoio político para as eleições deste ano.

O documento está nas mãos da procuradora Raquel Dodge.

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