Espionagem

Ex-prefeito afirma que foi vítima de armação da polícia em 2016

Amaury Almeida, que é pré -candidato a deputado Estadual, relatou o que sofreu quando disputava a reeleição em Mirinzal: ex- prefeito acusa o governo de Flávio Dino de forjar um assassinato para influenciar nas eleições

Carla Lima subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Amaury chegou a ser acusado de homicídio no dia da eleição municipal
Amaury chegou a ser acusado de homicídio no dia da eleição municipal (Amaury Almeida)

O ex-prefeito de Mirinzal, Amaury Almeida (MDB), quebrou o silêncio e relatou o que sofreu nas eleições de 2016 quando foi preso acusado de homicídio no dia da eleição sem ter cometido o crime. O emedebista aproveitou a divulgação do documento da Polícia Militar (PM) que determinava a espionagem de adversários ao governo de Flávio Dino (PCdoB).

Em 2016, no dia da eleição, as forças policiais do estado prenderam o então prefeito de Mirinzal, Amaury Almeida. Acusação? Assassinato. Na época, a prisão foi notícia nacional. Amaury Almeida que disputava a reeleição, acabou perdendo o pleito.

O problema é que, após o resultado da eleição, um vídeo colocou por água abaixo a acusação que levou à prisão do então prefeito do município.

O homem que tinha sido assassinado a tiros não somente confirmou que estava vivo como também disse não ter visto ou encontrado Amaury Almeida naquele dia.

Amaury Almeida conseguiu a liberdade, no entanto, perdeu a eleição.

Diante do fato, ele recorreu ao Judiciário alegando que foi prejudicado com a prisão ilegal. Na primeira instância, o ex-prefeito já conseguiu vitória. O processo agora tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Toda esta história foi contada em um vídeo de Amaury Almeida que decidiu exemplificar o que sofreu com o episódio do documento de espionagem de adversários que determinava o fichamento pela Polícia Militar de opositores que poderiam “causar embaraços” nas eleições deste ano.

O ex-gestor aproveitou para classificar o governo Estadual - a quem ele acusa de ser o autor da invenção que levou à sua prisão - de autoritário.

“O exemplo mais emblemático desta política autoritária foi a minha prisão, de forma arbitrária, no dia da eleição, em minha cidade de Mirinzal. Sob um aparato policial digno de grandes operações, eu, Amaury Almeida, fui preso, arbitrariamente, acusado de ter matado um homem e ferido mais dois, no dia do pleito eleitoral”, disse Amaury Almeida.

Além de falar sobre seu caso, Almeida, que é pre- candidato a deputado Estadual - fez questão de dizer que no Maranhão não há mais o direito de discordar das práticas do governo vigente.

O emedebista também relacionou os escândalos que o governo de Flávio Dino vem protagonizando.

“O exemplo que este governo dá ao Brasil são inúmeros escândalos no dia a dia, muitos destes capitaneados pelo próprio sistema de Segurança, como a ordem para que a Polícia Militar monitore os que fazem oposição ao governo do estado”, disse.

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