Previsão

Dia das Mães deve ser o melhor em 5 anos e movimentar R$ 9,4 bi

Itens de vestuário devem responder pela maior parte do faturamento do Dia das Mães este ano, isto é, por quase 40% do volume de negócios

Estadão Conteúdo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Neste ano, vários itens da cesta acumulam queda de preço em 12 meses.
Neste ano, vários itens da cesta acumulam queda de preço em 12 meses. (Rua grande)

SÃO PAULO - O desempenho do Dia das Mães deste ano deve ser o melhor desde 2013 especialmente por causa da inflação baixa. Tida como o Natal do primeiro semestre pela forte importância nas vendas do varejo, a data deve movimentar R$ 9,4 bilhões em produtos e serviços este ano, uma cifra 4,3% maior em relação às vendas de 2017, segundo projeções da Confederação nacional do Comércio (CNC).

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O principal fator para sustentação desse aumento real de faturamento é a inflação baixa, destaca o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, responsável pelas projeções. Em 12 meses até abril, os preços de uma cesta de 19 itens, entre produtos e serviços mais consumidos na data, acumulou alta de 1,8%, apontam dados da prévia da inflação oficial, apurados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15 do IBGE.

"É a inflação mais baixa para essa cesta de produtos e serviços em 18 anos que deve impulsionar as vendas do dia das Mães", diz o economista. No ano passado, os preços dos produtos e serviços mais consumidos na data tinham subido 4%.

Neste ano, vários itens da cesta acumulam queda de preço em 12 meses. Chocolate e televisores, por exemplo, encabeçam a lista, com quedas expressivas nos preços, de 12% e 4,7%, respectivamente.

Bentes pondera que a projeção para o Dia das Mães já considera a perda de fôlego que houve nas vendas do comércio varejista em janeiro e fevereiro. No primeiro bimestre, o comércio varejista não saiu do lugar em relação ao mês anterior, afetado pelo encarecimento do crédito, diz. Com isso, a CNC reduziu de 5,2% a projeção de vendas do varejo como um todo para este ano. "Se tivéssemos feito essa projeção antes da divulgação dos resultados de janeiro e fevereiro, o Dia das Mães seria um pouco maior, talvez com um avanço de 4,5%."

Roupas

Itens de vestuário devem responder pela maior parte do faturamento do Dia das Mães, isto é, por quase 40% do volume de negócios. A expansão das vendas desse segmento deve ser 4,8% ante 2017.

Em seguida estão móveis e eletrodomésticos, com participação de 17% na receita e artigos de uso pessoal e doméstico, com 14%. A expectativa da CNC é que os artigos de uso pessoal e doméstico registrem expansão de 12,7% nas vendas este ano, a maior taxa de crescimento em relação aos demais segmentos na comparação com 2017.

Bentes destaca que, como ocorre desde o ano passado, há uma melhora gradual nas vendas em datas comemorativas e no Dia das Mães deste ano não deve ser diferente.

Emprego

Essa recuperação gradual das vendas deve ter impactos positivos no emprego do setor. A CNC calcula que 21,1 mil temporários devem ser admitidos para trabalhar no período que antecede o Dia das Mães deste ano. Em 2017 foram abertos 20,4 mil postos formais na data. A média do salário inicial dos temporários deste ano é de R$ 1.120, uma cifra 3% maior do que a oferecida na mesma data de 2017.

Outro dado positivo apontado pela CNC, por conta da recuperação da economia, é que neste ano há mais chances desses trabalhadores temporários continuarem empregados depois do Dia das Mães. A entidade estima em 6,7% o índice de retenção de trabalhadores ante 5% no ano passado.

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