Perseguição política

Partidos emitem nota de repúdio e consideram atentado a democracia documento da PM

PSDB, PMN, PSD e PRP disseram que governo Flávio Dino usa Polícia Militar para perseguir opositores, o que demonstra atentado a democracia

Carla Lima/Subeditora de Política

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Circular da PM determinou levantamento sobre lideranças políticas adversárias do governo de Flávio Dino
Circular da PM determinou levantamento sobre lideranças políticas adversárias do governo de Flávio Dino (Circular manda polícia monitorar adversários de Flávio Dino)

Direções estaduais de partidos se manifestaram nesta sexta-feira, 20, sobre o memorando da Polícia Militar que determina que adversários do governo Flávio Dino (PCdoB) sejam espionados. PSDB, PMN, PRP. PV e PSD se manifestaram emitindo nota de repúdio pelo uso eleitoreiro da PM para intimidar os adversários políticos do comunista.

Os partidos se manifestaram a respeito do memorando que mostra determinação do Comando de Policiamento do Interior (CPI) de identificar lideranças políticas que sejam oposição ao governo do estado.

O primeiro a se manifestar sobre a circular da PM foi o PRP. A direção estadual da sigla, comparou o uso da Polícia Militar pelo governador Flávio Dino a regime totalitários. Também ficou evidenciado que o partido buscará junto à Justiça Eleitoral meios para que o caso seja apurado e os responsáveis pela determinação, punidos.

O PSDB também emitiu nota. A direção tucano no Maranhão considerou um atentado a democracia a determinação prevista na circula da PM. “Não há precedentes, em nossa hitória, de tamanho desassombro para o uso político de uma instituição quase bicentenária, nossa Polícia Militar”, afirmou a direção estadual do PSDB.

Os tucanos, assim como os membros do PRP, também buscarão a Justiça para apurar o caso. “O PSDB acionará os órgãos e instituições republicanos nacionais que garantem a solidez de nossa democracia, que jamais poderá ser ferida por gestos que, mais do que atitudes isoladas, revelam o caráter de um Governo que, doutrinariamente, busca tomar posse dos órgãos do Estado, como o presente episódio revela sintomaticamente”, diz trecho da nota.

O PMN, do deputado estadual Eduardo Braide, também emitiu nota de repúdio pelo episódio de espionagem a adversários político de Flávio Dino. Para a direção estadual da legenda, o governador tenta intimidar os seus opositores. “O PMN acredita que é preciso dar um basta a essa perseguição que beira a insanidade, uma vez que a Polícia Militar está sendo usada como instrumento político perseguidor”, diz a nota da legenda.

O PSD também se manifestou. Pela nota, a legenda considera inadmissível o uso eleitoreiro da PM para perseguir adversários políticos.

“É inadmissível o uso eleitoreiro do aparato público para perseguir e/ou coagir opositores políticos no pleito eleitoral que se aproxima. Tal medida representa um atentado frontal ao direito de escolha, ao direito de opinião e, principalmente, à democracia”, diz a nota do PSD.

O PV também emitiu nota. A sigla também repudiou a atitude do governo estadual, vista como sendo uma reafirmação do uso da máquina pública pelo grupo de Flávio Dino para fins políticos e eleitoreiros.

"Trata-se de uma perseguição sem precedentes no Brasil, desde a retomada da democracia. O partido informa que vai representar junto ao Ministério Público, à Justiça Eleitoral e também ao Superior Tribunal de Justiça, para que este caso seja devidamente investigado", diz nota do PV.

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