Pesquisas

PT critica Datafolha e afirma que Lula será candidato “aconteça o que acontecer”

Partido diz que instituto manobrou a última pesquisa, tirando o ex-presidente de dois terços dos cenários avaliados para favorecer candidatos ligados ao mercado paulista

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Lula ainda tem força popular, mesmo preso, revela Datafolha
Lula ainda tem força popular, mesmo preso, revela Datafolha (Lula)

O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota criticando o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na madrugada deste domingo com as intenções de voto à Presidência. Em comunicado, diz que houve uma "manobra" entre os cenários expostos e reitera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do partido independentemente de sua prisão.

"Para o PT, a definição de candidatura para as eleições de outubro de 2018 está clara: Lula será o nosso candidato aconteça o que acontecer", enfatiza o PT, ao justificar a manutenção das vigílias instaladas em Curitiba (PR) que pedem a liberdade do petista. "Ainda assim, dos nove cenários estudados, o instituto de pesquisas realizou seis deles sem o ex-presidente. A manobra para tentar criar um imaginário em que Lula não esteja no pleito esbarra numa questão fundamental: a preferência popular", avalia o partido.

O PT destaca que, mesmo após a "prisão política" do ex-presidente, Lula segue na liderança das pesquisas, com uma média entre 30% e 31% das intenções de voto para o primeiro turno. Na sequência, o partido considera empate técnico entre Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede), com intenções que vão de 15% a 17%. "Ou seja: Lula tem o dobro das intenções de voto dos candidatos que, empatados, liderariam o pleito se ele é retirado artificialmente da disputa", analisa o comunicado.

Para um eventual segundo turno, o partido acredita que Lula seria "imbatível", com intenções de voto entre 46% e 48%. Ao final, a nota cita a Pesquisa Ipsos, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, ontem, com a informação de que 52% da população acredita que a Operação Lava Jato não está investigando todos os políticos e apenas 43%, o mínimo histórico atingido, avalia que ela investiga todos os partidos.

A nova pesquisa Datafolha, que foi feita entre quarta, 11, e sexta-feira, 13, teve como base 4.194 entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018.

Mais

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue na liderança na última pesquisa de intenções de voto realizada pelo Instituto Datafolha. No entanto, na prisão, o líder petista já perde parte de seu espólio eleitoral para outros candidatos. A pesquisa aponta que Lula tem 31% das intenções de voto. Em levantamento anterior o petista tinha 37%. Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo, com 15%, seguido de Marina Silva (Rede), com 10%. Contudo, nos cenários sem o ex-presidente Lula, os dois ficam tecnicamente empatados na primeira posição. O Datafolha fez 4.194 entrevistas, entre os dias 11 e 13 deste mês, em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Temer e maia se reúnem para discutir agenda legislativa

Encontro encerra afastamento dos dois desde que o presidente da Câmara lançou-se candidato a presidente da República

O presidente Michel Temer (MDB) se reuniu na tarde deste domingo (15) com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Palácio do Jaburu, onde o emedebista mora com a família. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, eles discutiram sobre a agenda legislativa.

Temer e Maia trataram de projetos como o que viabiliza a privatização da Eletrobrás e o que reonera a folha de pagamento para alguns setores da economia. Ambas as propostas tramitam na Câmara e enfrentam resistência não só de parlamentares da oposição como de deputados de partidos da própria base aliada.

Maia e Temer não se encontravam reservadamente havia algumas semanas. O afastamento começou desde o início de março, quando o presidente da Câmara lançou pré-candidatura à Presidência da República pelo DEM com discurso de independência em relação a Temer, que já declarou que quer disputar reeleição.

O presidente da Câmara se afastou ainda mais de Temer após a Operação Lava Jato atingir amigos próximos do emedebista, no início de abril. A ação fez aumentar rumores sobre uma possível apresentação de uma terceira denúncia contra o presidente da República pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.