Com a desativação dos pontos comerciais informais e paradas de ônibus na Praça Deodoro há mais de três meses, pela Blitz Urbana, para o início das obras de reforma do logradouro, sobraram apenas lixo e entulhos, que permaneceram espalhados no local, gerando muitas reclamações da população.
Para a aposentada Maria da Guia, o Município tem atuado de maneira insuficiente. "Eles têm que procurar arrumar, botar tudo nos seus devidos lugares. Porque quem vem de outro estado e vê um cartão-postal como a Praça Deodoro, não vai se sentir bem", frisou.
A revolta é comum entre os ambulantes que, além da impossibilidade de trabalhar adequadamente, são obrigados a conviver com a sujeira na área. Eles relatam que o serviço de coleta passa frequentemente pela praça e recolhe apenas os resíduos das lixeiras públicas, enquanto os entulhos, principalmente pedaços de vidros quebrados, continuam ocupando grande parte do espaço. Situação que tem afastado os fregueses, como afirmou a vendedora ambulante Analice Paixão. "A venda caiu muito. Está prejudicando a gente demais, isso aqui", apontou.
Quem visita a cidade também se queixa da negligência dos órgãos públicos, pois, além de se tratar de um ponto turístico da cidade, os materiais descartados oferecem riscos à população.
José Gomes de Maceió veio de Alagoas e reclamou que a sujeira é prejudicial para um ponto turístico como a praça. "Já que eles derrubaram, poderiam pelo menos ter limpado o espaço. É complicada a situação da praça de vocês, de uma cidade bonita, que é turística, mas cadê? É uma vergonha o centro da cidade desse jeito", ressaltou.
Além da questão estética, a Gestora Ambiental, Isabel Gomes, pontua diversos prejuízos à saúde pública, decorrentes do descarte incorreto desses resíduos, entre eles a proliferação de vetores, como mosquitos, ratos e baratas, além das chances de acidentes, devido à quantidade de vidros e fios expostos. Há ainda o risco de entupimento das galerias do sistema de drenagens, principal causa de alagamentos, comuns por todo o estado durante o período de chuva.
O Estado manteve contato com a Prefeitura de São Luís para saber que providências serão tomadas com relação à sujeira esquecida nos logradouros, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
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