A situação de emergência instalada em municípios atingidos pelas fortes chuvas nas últimas semanas – que resultou em pelo menos duas mortes e deixou desabrigadas inúmeras famílias -, chamou atenção da classe política do Maranhão, que começou a se mobilizar em favor das cidades afetadas.

Deputados estaduais e federais, senadores, prefeitos e vereadores têm se movimentado por ações efetivas do Governo do Estado e Governo Federal em favor dos municípios.

Na Assembleia Legislativa, os deputados Eduardo Braide (PMN) e Andrea Murad (PRP), cobraram do governador Flávio Dino (PCdoB), ações efetivas nas áreas de risco e nos municípios afetados por enchentes e inundações.

Braide solicitou ao chefe do Executivo, informações sobre o funcionamento do Comitê de Prevenção e Acompanhamento de Inundações no Maranhão, criado por meio de Decreto em março de 2016.

Andrea Murad apresentou requerimento com a proposta de criação de uma comissão para acompanhar a situação das cidades atingidas pelas fortes chuvas. Ela também cobrou informações a órgãos estaduais.

“Vou pedir informações junto aos órgãos competentes, Secretaria de Desenvolvimento Social e Casa Civil, sobre o que foi realizado até agora pelo Comitê de Prevenção e Acompanhamento a Inundações no Estado, desde a sua criação, em 2016, até hoje”, disse.

Já o deputado Roberto Costa (MDB) propôs a instalação de uma Frente Parlamentar para acompanhar a situação e prestar assistência aos municípios. Costa sugeriu ações conjuntas do colegiado com os governos Federal e Estadual.

Morte – O deputado Rigo Teles (PV) chamou a atenção do governador Flávio Dino, dos colegas parlamentares e da bancada do Maranhão no Congresso Nacional, para o caos instalado no estado em decorrência das enchentes e inundações.

Ele citou a situação do município de Barra do Corda, onde foi registrada a morte de um menino.

“A morte desse menino deixou a população consternada”, disse.

Teles também destacou a visita realizada ao município de Marajá do Sena, também atingida pelas águas.

Quem também relatou visita a município em situação de emergência, foi o deputado Fábio Macedo, vice-presidente da Assembleia Legislativa.

Ele se deslocou a Trizidela do Vale e se solidarizou às 780 famílias que estão desabrigadas por causa da cheia no Rio Mearim.

Macedo solicitou ao chefe do Executivo a distribuição de refeições do Restaurante Popular da cidade de Pedreiras, para os desabrigados de municípios vizinhos.

Carlinhos Florêncio, por sua vez, afirmou que tenta, junto ao Governo do Estado, a viabilização de ajuda aos municípios afetados com a cheia do Rio Mearim.

Saiba Mais

Ao todo, cerca de 15 cidades do interior do estado foram atingias com enchentes e inundações em todo o território estadual. Destas, alguns já declararam situação de emergência: Marajá do Sena, Trizidela do Vale, Lago dos Rodrigues e Brejo.

Hildo Rocha afirma que Governo não agiu para impedir prejuízos

O deputado federal Hildo Rocha repercutiu na sessão da última quarta-feira, na tribuna da Câmara Federal, a situação de calamidade pública vivenciada por dezenas de cidades maranhenses em consequência de inundações.

De acordo com o parlamentar, se o Governo Estadual tivesse trabalhado de forma preventiva em parceria com os municípios, muitas famílias não teriam sido prejudicadas.

O parlamentar disse que há bastante tempo os institutos de monitoramento dos riscos de acidentes vinham avisando que iria chover intensamente em algumas regiões do Maranhão.

“O governo estadual foi avisado antecipadamente, mas nada fez, não adotou as medidas necessárias para evitar os prejuízos, não repassou as informações para as prefeituras e moradores. Agora, milhares de famílias estão desabrigadas e com enormes prejuízos. Faltou ação do governo estadual”, destacou.

De acordo com o parlamentar, se as famílias tivessem recebido a devida comunicação em tempo hábil as mesmas teriam conseguido se preparar e retirar seus móveis e eletrodomésticos dos imóveis. “O governo estadual foi omisso. Como resultado dessa omissão, milhares de famílias perderam móveis, geladeiras, fogões, televisores e outros bens. Os prejuízos são enormes”, finalizou.

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