Adoção responsável

Você tem certeza de que está preparado para ter um pet?

Animais de estimação exigem dedicação, e muitos fatores devem ser considerados para garantir o bem-estar tanto do tutor como do bichinho; abandono de pets é maior no período de férias e chega a 70% no Brasil

Atualizada em 11/10/2022 às 12h31
Adotar um pet é  um ato de responsabilidade
Adotar um pet é um ato de responsabilidade (Pet)

São Paulo - É inegável que ter um animal de estimação em casa traz muita alegria para a família toda. Afinal, eles ajudam a diminuir o estresse e a ansiedade, entre muitos outros benefícios. Mas, para isso, é preciso considerar uma série de fatores, antes de adotar um pet.

Com a chegada das férias, por exemplo, o número de casos de abandono cresce 70% no Brasil, o que demonstra a falta de preparo das pessoas no momento da adoção. "Antes de levar um animal para casa, é preciso analisar se, de fato, a pessoa está disposta a assumir um compromisso tão sério e por muito tempo. Cães e gatos vivem mais de uma década, são muitos anos de dedicação com alimentação, cuidados com a saúde, banhos e passeios, que devem fazer parte da rotina dos pets", comenta Ricardo Cabral, veterinário da Virbac, especialista em saúde animal.

Se a decisão for ter um bichinho de estimação, o próximo passo é analisar que raça ou porte é mais adequado ao estilo de vida de cada tutor ou família, considerando também o espaço disponível.Confira dicas:

1) O perfil do pet - São diferentes tamanhos, pesos, temperamentos, necessidades e peculiaridades entre os pets. O rusky siberiano é muito sensível ao calor, o buldogue inglês é propenso à obesidade e o gato persa demanda maior atenção com a pelagem, por exemplo. Os gatos são mais independentes e podem ficar sozinhos por mais tempo – em caso de ausência do tutor por longos períodos, o ideal é ter mais de um gato em casa. Já os cães precisam da presença dos tutores com mais frequência. Os filhotes demandam mais tempo e dedicação para serem educados, enquanto os adultos já têm um comportamento estabelecido devido à maturidade, o que é favorável aos tutores que não têm muita disponibilidade. É necessário também ter um espaço adequado para cada porte de animal.

2) Passeios - Outro aspecto a ser analisado é se o tutor está disposto e tem tempo para os passeios, ou se pode pagar por um profissional que faça isso periodicamente. Todo cão precisa de caminhadas para ter uma boa saúde física e psicológica, e algumas raças ainda exigem exercícios mais intensos e frequentes.

3) Viagens - É necessário avaliar se as viagens são constantes e se o tutor pode levar junto seu companheiro ou tem um lugar de confiança para deixá-lo, como a casa de parentes e amigos. Uma boa opção são hotéis específicos para pets, mas deve-se considerar o custo da hospedagem.

4) Todos de acordo - É fundamental que, na família, todos tenham o desejo de receber um animal em casa, para evitar desentendimentos, maus tratos ou abandono do bichinho.

5) Investimento - Além de carinho, os pets exigem alimentação, cama, banhos, vacinas e consultas no veterinário – em muitos casos, problemas de saúde levam a tratamentos longos com o uso de medicamentos e até cirurgias.
Ter um animal de estimação é assumir a responsabilidade de cuidar de mais uma vida, dedicando tempo, amor e investimento. Então, faça uma boa reflexão antes de levar um bichinho para casa e contribua para uma guarda responsável.

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