Incidente

Reino Unido nega visto à sobrinha de Skripal e Rússia pede explicações

Pedido de visto para Viktoria Skripal ''não cumpre as regras de imigração'', diz Reino Unido; incidente envolvendo Yulia e o pai desencadeu uma crise diplomática do Reino Unido com a Rússia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

LONDRES - O ministério do Interior britânico anunciou na sexta-feira,6, que negou um visto à sobrinha do ex-espião russo Serguei Skripal, envenenado com sua filha Yulia com agente neurotóxico no início de março na Inglaterra. O ministério de Relações Exteriores da Rússia pediu explicações, de acordo com a agência de notícias RIA.

"Negamos um pedido de visto de visitante para Viktoria Skripal porque sua solicitação não cumpre as regras de imigração", explicou o ministério em um comunicado. A sobrinha de Skripal pretendia ir ao Reino Unido para levar a filha dele, Yulia, de volta à Rússia.

Serguei e Yulia Skripal foram hospitalizados em 4 de março, após terem contato com uma substância tóxica. O hospital onde estão internados os Skripal indicou que Yulia "melhora rapidamente" e que "já não se encontra em estado crítico", enquanto que a condição de seu pai é "estável". Na quinta, Yulia se manifestou pela primeira vez dizendo que se sente "cada dia melhor".

Envenenamento

O incidente envolvendo Yulia e o pai desencadeu uma crise diplomática do Reino Unido com a Rússia, que depois se ampliou para outros países.

O governo britânico considerou Moscou responsável pelo envenenamento e determinou a expulsão de 23 diplomatas russos - medida que foi seguida posteriormente pelos EUA e uma série de países europeus. A Rússia revidou. Nesta quinta, diplomatas americanos deixaram a embaixada dos Estados Unidos em Moscou.

A onda de expulsões cruzadas dos países ocidentais e da Rússia, que começou em 14 de março, já atinge 300 diplomatas.

Na terça-feira,3, o chefe do laboratório militar britânico de Porton Down, Gary Aitkenhead, afirmou que não foi possível determinar que o agente neurotóxico usado no envenenamento proceda da Rússia.

"Fomos capazes de identificar que se trata de Novichok, de identificar que foi um agente neurotóxico de tipo militar. Mas não identificamos sua origem exata", afirmou em uma entrevista à Sky News na terça-feira,3.

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