Meio ambiente

Sarney Filho faz avaliação positiva de sua gestão no MMA

Ministro do Meio Ambiente fez ontem um balanço de seu trabalho à frente do órgão e lamentou que a questão ambiental não seja, ainda, uma política de estado, e sim de governo; ele deixa o cargo hoje para concorrer ao Senado pelo Maranhão

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Sarney Filho disse ontem que seu ministério avançou em seus principais programas na área socioambiental
Sarney Filho disse ontem que seu ministério avançou em seus principais programas na área socioambiental (Sarney Filho disse ontem que seu ministério avançou em seus principais programas na área socioambiental)

BRASÍLIA - Ao assinar ontem, em Brasília, aporte adicional de 30 milhões de dólares ao Programa de Cooperação Técnica Brasil-Estados Unidos, destinados às áreas protegidas da Amazônia Legal, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, fez um balanço favorável de sua gestão na área socioambiental. O ministro, que deixará o cargo hoje,6, para concorrer a uma vaga ao Senado Federal pelo Maranhão, afirmou que a área, apesar da crise política e econômica enfrentada no país, conseguiu avançar em seus principais programas.

Ontem, o presidente Temer assinou, na despedida do ministro, oito decretos na área ambiental. O Maranhão ganhou duas novas Reservas Extrativistas: a de Itapetininga e a da Baia do Tubarão, que irão proteger extensas áreas de manguezais e também apoiar o trabalho dos pescadores artesanais. "As áreas de proteção que criamos na atual gestão protegerão quase a totalidade dos mangueiras das regiões Norte e Nordeste," afirmou o ministro. Foi também criada a Unidade de Conservação do Boqueirão da Onça, na Bahia, uma extensa região de Cerrado formada por um mosaico de UCs.

O presidente assinou, também decreto de criação do Plano Nacional de fortalecimento das Comunidades Extrativistas e Ribeirinhas. Trata-se de um plano interministerial para promover politicas públicas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de populações tradicionais.

Compromissos
“Não havendo descontinuidade da política que adotamos, desde maio de 2016, conseguiremos, entre outras metas, cumprir os compromissos que o país assumiu ao assinar o acordo de Paris, de redução de emissões dos gases causadores do efeito estufa, que aumentam o clima do Planeta”, ressaltou Sarney Filho.

O ministro lamentou que a questão ambiental não seja, ainda, uma política de estado, e sim de governo, dependendo assim de decisões políticas para que tenha sucesso, principalmente no que diz respeito ao desmatamento da Amazônia.

Sarney Filho disse que a assinatura do contrato com recursos para a Amazônia, como um de seus últimos atos no ministério, foi emblemática. “A iniciativa diz respeito a tudo o que viemos falando sobre a necessidade de preservação dos serviços socioambientais que a Floresta Amazônica presta ao mundo”, enfatizou.

Balanço
O ministro fez um balanço de sua gestão, e lembrou que quando assumiu a pasta o desmatamento estava fora de controle. “Com reforço orçamentário do IBAMA, conseguimos reverter curva, e agora, nos primeiros meses do ano, temos dados preliminares que indicam uma queda de 20 %, em relação ao mesmo período em 2017, ou seja, a tendência de queda nos desmatamentos continua”, disse o ministro.

Ele também citou a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que disse ser “importantíssimo para que a gente possa consolidar o que há de bom no Código Florestal” e ampliação das Unidades de Conservação, com destaque para as marinhas, que passaram de 1,5% para mais de 25%.
“O decreto de criação das UCs foi assinado pelo presidente da República, Michel Temer, no final de março, instituindo os arquipélagos de São Pedro e São Paulo (PE) e Trindade (ES) como áreas de proteção ambiental (APA) e monumentos naturais (Mona). “Esse é um passo gigantesco, histórico e um legado que vamos deixar para o Brasil e para o mundo”, disse.
O ministro destacou, como como marca de sua gestão “o diálogo com todos os setores da sociedade, e compreender que as questões ambientais e sociais caminham juntas”.

“Sempre mantivemos abertura para negociações, mas compreendendo que existe um claro limite, que é nunca aceitar retrocessos. Não é fácil, mas é necessário, quando queremos que o Brasil de desenvolva de forma sustentável”, reforçou Sarney Filho.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.