Prisão

Lula tem até as 17 horas de hoje para se apresentar sem ser considerado foragido

Prisão do ex-presidente foi decretada ontem pelo juiz Sérgio Moro, um dia depois de o STF reafirmar que condenados podem ser presos após decisão de 2ª instância

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Lula tem até as 17h para se entregar à Polícia Federal.
Lula tem até as 17h para se entregar à Polícia Federal. (Lula preso)

BRASÍLIA - O juiz federal Sérgio Moro determinou, na tarde desta quinta-feira (5), a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, logo após o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, ter encaminhado à Justiça Federal no Paraná o ofício com a autorização para a execução da pena.

No despacho, Moro afirma que Lula pode se apresentar voluntariamente à Polícia Federal, em Curitiba, até as 17 horas desta sexta-feira (6).

"Relativamente ao condenado e ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, concedo-lhe, em atenção à dignidade do cargo que ocupou, a oportunidade de apresentar-se voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba até as 17:00 do dia 06/04/2018, quando deverá ser cumprido o mandado de prisão". O juiz também vedou o uso de algemas "em qualquer hipótese".

No despacho, Moro acrescenta que uma sala foi reservada para Lula na Superintendência da Polícia Federal.

"Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-Presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física", disse Moro no despacho.

PT pressiona STF por votação

de ações definitivas sobre prisão

O PT vai convocar seus militantes para uma vigília permanente em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), onde ele mora, e ainda insiste numa pressão à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para ela pautar as ações sobre prisão após segunda instância a tempo de impedir uma detenção do petista.

Após se reunir com Lula na sede de seu instituto em São Paulo, aliados que conversaram com a imprensa criticaram a presidente do STF por não pautar as ações diretas de constitucionalidade (ADC), que poderiam inverter o placar do julgamento, e colocar em análise apenas o habeas corpus de Lula, negado em sessão que se estendeu até a madrugada de hoje.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acusou Cármem Lúcia de perseguição política a Lula. "Enquanto ela não pauta as ações, ela cria uma instabilidade institucional que é extremamente prejudicial para a democracia e para o País, por opção dela", declarou. Para o deputado, Cármen resiste em não pautar as ações para sustentar interesses da Operação Lava Jato. "O STF está sendo impedindo de exercer uma maioria por uma decisão absolutamente política."

Mais

Os principais jornais ao redor do mundo estão repercutindo a derrota na Suprema Corte que deixou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais perto da prisão da Lava Jato, que foi decretada ontem. Os veículos chamam atenção para o encarceramento do petista após a rejeição do habeas corpus preventivo no qual ele pedia para exaurir recursos a todas as instâncias em liberdade. Jornais dos principais países da Europa e dos Estados Unidos destacaram a decisão da Suprema Corte Brasileira.

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