Educação

Aumenta a insatisfação com a educação no país, diz pesquisa

É o que revela pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria e o movimento Todos Pela Educação; levantamento foi realizado com duas mil pessoas em 126 municípios pelo Ibope Inteligência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

BRASÍLIA - Aumentou, em quatro anos, a insatisfação com a educação no país, segundo a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira - Educação Básica, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada no ano passado em parceria com o movimento Todos Pela Educação.

De acordo com os dados, a reprovação é mais pronunciada em relação às escolas públicas: quase um terço dos entrevistados (26%) considera o ensino no nível médio como ruim ou péssimo. Em 2013, quando levantamento semelhante foi feito, o percentual era 15%. Caiu também de 48% para 31% o percentual dos que consideram o ensino médio como ótimo ou bom. Nas escolas particulares, os entrevistados que consideravam essa etapa escolar como ótima ou boa também diminuiu de 76% para 64% no mesmo período. A avaliação negativa manteve-se em cerca de 3%.

A percepção da maioria entrevistada também é que os estudantes não estão preparados para a etapa escolar seguinte ou para o mundo do trabalho. Apenas 12% dos brasileiros acreditam que o aluno do ensino médio das escolas públicas está bem preparado para se inserir no mercado profissional e quase um quarto da população (23%) diz que está despreparado. Em 2013, 55% dos brasileiros consideravam que o aluno estava bem ou razoavelmente preparado e agora esse percentual é 42%.

Municípios

O levantamento foi realizado com duas mil pessoas entre 15 e 20 de setembro do ano passado em 126 municípios pelo Ibope Inteligência. Segundo os dados, aumentou de 61% para 74% o percentual dos que concordam totalmente que um ensino de baixa qualidade é prejudicial para o desenvolvimento do país.

“A pesquisa reforça a constatação de que educação brasileira precisa se aproximar do mundo do trabalho, preparando o jovem para uma vida social e profissional plena”, analisa o diretor-superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Rafael Lucchesi, que também é diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “A reforma do ensino médio deu um passo nessa direção, ao incluir a formação técnica e profissional no currículo regular”, complementa.

A visão dos entrevistados sobre a baixa qualidade da educação é confirmada por resultados de proficiência dos estudantes em exames nacionais e internacionais. O Brasil ficou na 63ª posição em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática, em 2015, no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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