SÃO LUÍS- Dificuldades na fala e, principalmente, especificidades no comportamento marcam quem é autista. Hoje (2), é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo e, devido à quantidade de jovens com este perfil, aumenta a necessidade de surgimento de empreendimentos com profissionais que sabem lidar com este público.

Dados preliminares da Organização Mundial de Saúde (OMS) e divulgados no ano passado apontam que uma a cada 160 crianças no planeta nascem com o que é chamado pelos especialistas de Transtorno do Espectro Autista (TEA). No Brasil, de acordo com pesquisas recentes, esse número cai para 110. Apesar do avanço nas pesquisas, os cientistas ainda não diagnosticaram as causas reais do comportamento peculiar. A principal suspeita é que fatores genéticos influenciem no aparecimento do perfil autista.

Normalmente, a partir dos três anos de idade, é possível perceber as primeiras características de quem é autista. As principais são: distúrbios na fala, dificuldades de interação social e no uso da imaginação. Por enquanto, não há um exame específico para o diagnóstico da pessoa autista. A observação é a principal arma dos psicólogos e psiquiatras para quem deseja saber se aquele jovem possui comportamento autista.

Método ABA

Além do acompanhamento medicamentoso, normalmente o autista – dependendo do seu perfil traçado no início do tratamento – pode se submeter ao que é chamado pelos especialistas de Análise do Comportamento Aplicada, conhecida como ABA. De acordo com especialistas, trata-se de repertório de comportamentos diferenciados e previamente determinados a partir dos princípios básicos da chamada análise do comportamento. O especialista, neste caso, lida com o autista a partir de um determinado perfil que diminuiria a possibilidade de comportamentos, digamos, menos sociais do autista no futuro.

Ainda de acordo com pesquisas, o método ABA não é considerado fechado, e sim está sujeito a alterações diariamente, já que ele tenta lidar com a subjetividade comportamental da maneira mais objetiva possível.

Referências

Um dos empreendimentos que possuem especialistas (analistas de comportamento e psicólogos) com experiência na convivência com os autistas é a Taal Análise de Comportamento Aplicada. Inaugurada em novembro do ano passado, a clínica dispõe de 10 pacientes e é mantido por uma sociedade de quatro empresárias. Uma delas, Ana Clea Diniz, conversou com O Estado e citou a especificidade de lidar com o perfil autista. “São pacientes que exigem dos profissionais uma atenção e carinho especiais”, disse. Além de cuidar de autistas, a Taal também conta com pacientes com transtornos hiperativos e distúrbios de atenção.

Associação

No Maranhão, existe a Associação dos Amigos do Autista do Maranhão, cuja sede seria no bairro Turu, em São Luís. Atualmente, a entidade atende cerca de 90 crianças cadastradas, via projetos sociais em parceria com órgãos públicos. Para outras informações, basta ligar para o (98) 3181-0145. l

Associação

No Maranhão, existe a Associação dos Amigos do Autista do Maranhão, cuja sede seria no bairro Turu, em São Luís. Atualmente, a entidade atende cerca de 90 crianças cadastradas, via projetos sociais em parceria com órgãos públicos. Para outras informações, basta ligar para o (98) 3181-0145.

Direitos da pessoa autista (de acordo com a Lei nº 12.764, de 2012)

Vida digna

Integridade física e moral

Livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer;

Proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;

Acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde

“São pacientes que exigem dos profissionais uma atenção e carinho especiais”Ana Clea Diniz, uma das sócias da Taal Análise de Comportamento Aplicada

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