Líder catalão

Tribunal alemão decide manter líder catalão Carles Puigdemont na prisão

Ex-presidente da Catalunha foi detido domingo,25, na Alemanha ao entrar no país pela fronteira com a Dinamarca

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

ALEMANHA - Um tribunal alemão decidiu ontem estender a detenção do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont enquanto a Justiça decide sobre sua extradição à Espanha.

Puigdemont foi detido neste domingo na Alemanha ao entrar no país pela fronteira com a Dinamarca, após quase cinco meses foragido na Bélgica. O líder catalão é acusado dos crimes de rebelião e desvio de verba pela justiça espanhola, que emitiu uma ordem europeia de prisão, no marco do processo independentista na Catalunha.

O tribunal de primeira instância de Neumünster, onde Puigdemont está detido, deveria decidir nesta segunda se o líder catalão ficava em liberdade ou se continuava preso durante a tramitação de seu processo de extradição, que pode demorar até 60 dias.

De acordo com o jornal espanhol "El País", a partir de agora o caso fica com a procuradoreia de Schleswig-Holstein, o estado onde Puigdemont está detido. O Tribunal Superior Regional será o responsável por emitir a decisão final sobre a sua extradição.

A detenção de Puigdemont provocou grandes manifestações de independentistas em Barcelona.

Independência da Catalunha

Puigdemont proclamou em 27 de outubro a independência da região da Catalunha após um referendo realizado no dia 1º de outubro, considerado ilegal por Madri. Na consulta popular, que foi foi violentamente reprimida, 90% dos votantes foram a favor da independência (2 milhões de pessoas, ou 43% do eleitorado catalão).

Desde então, ativando pela primeira vez o artigo 155 da Constituição espanhola, o chefe do governo da Espanha, Mariano Rajoy suspendeu o governo de Puigdemont, dissolveu o Parlamento da região autônoma e convocou as eleições.

A instabilidade diminuiu depois que a demissão de autoridades separatistas da região causou pouca resistência. Mas eleições gerais convocadas na região autônoma para o próximo dia 21 de dezembro ainda causam apreensão, já que os separatistas ganharam maioria no Parlamento local. Pesquisas de opinião, entretanto, mostram que o apoio à separação tem diminuído entre a população catalã.

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