Ex-presidente sul-africano

Jacob Zuma deve comparecer a tribunal por suspeita de corrupção

Ex-mandatário, que renunciou em fevereiro por pressão de seu próprio partido, é acusado de ter recebido propina em um contrato de compra de armas

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

ÁFRICA DO SUL - O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma comparecerá em 6 de abril ante um tribunal para responder às acusações de corrupção por um caso de venda de armas envolvendo o grupo francês Thales, confirmou a polícia ontem. Zuma nega todas as acusações.

"Podemos confirmar que as convocatórias foram enviadas. Está prevista uma audiência em 6 de abril", declarou o porta-voz da unidade de investigação responsável pelo caso, Hangwani Mulaudzi.

A Procuradoria Geral sul-africana havia anunciado mais cedo em março que Zuma será julgado por 16 acusações, incluindo fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.

A justiça suspeita que Zuma aceitou subornos por um contrato de compra de armas de 4,2 bilhões de euros (US$ 5,1 bilhões) assinado pela África do Sul com várias empresas estrangeiras em 1999, entre elas a francesa Thales, que também está envolvida no caso.

Zuma era vice-presidente na época da assinatura do contrato. Schabir Shaikh, seu ex-assessor, foi julgado culpado e preso em 2005 por socilitar propinas para Zuma da mesma empresa.

Presidente da África do Sul desde 2009, Zuma renunciou em fevereiro, pressionado por lideranças do ANC, seu próprio partido.

A primeira audiência, segundo Mulaudzi, vai formalizar a acusação contra as pessoas imputadas. "Será um primeiro comparecimento e o ex-presidente deverá estar presente", acrescentou.

As acusações contra Zuma relacionadas ao caso vieram à tona pela primeira vez em 2009, mas a Procuradoria-Geral arquivou o inquérito pouco antes de sua eleição à Presidência, no mesmo ano.

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