Violência

Polícia detém mulher ligada a autor de ataque no sul da França

Extremistra matou três pessoas em supermercado e foi executado pela polícia; o presidente Emmanuel Macron classificou a ação como um ato de "terrorismo islâmico"

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
O atirador pedia a libertação de Salah Abdeslam ( foto) preso em Paris
O atirador pedia a libertação de Salah Abdeslam ( foto) preso em Paris (O atirador pedia a libertação de Salah Abdeslam ( foto) preso em Paris)

PARIS - Uma mulher que morava com o atacante que matou três pessoas e fez reféns em um supermercado no sudoeste da França foi detida para interrogatório, anunciou na sexta-feira,23, o procurador de Paris, François Molins, encarregado de investigações antiterroristas.

Molins indicou em entrevista coletiva que a mulher detida foi acusada de associação criminosa com fins terroristas.

O atirador, Radouane Lakdim, se proclamou "soldado" do grupo extremista Estado Islâmico (EI) ao invadir um supermercado perto da localidade de Trebes e foi executado pela polícia, explicou o procurador em coletiva de imprensa em Carcassone.

O suspeito entrou no estabelecimento da rede Super U por volta das 11h no horário local (7h em Brasília) e o sequestro durou cerca de três horas. Depois que o atirador matou duas pessoas dentro do estabelecimento, a polícia invadiu o local e o matou. Ele morreu na hora.

Antes de invadir o supermercado, ele roubou um carro em Carcassonne, cidade vizinha, e matou um passageiro e feriu o motorista do carro. No caminho, também feriu um policial que corria na rua.

O número de reféns ainda não ficou claro, porque parte dos empregados e clientes do supermercado conseguiram fugir. Um militar, que aceitou ser trocado por um refém, está entre os feridos.

'Terrorismo islâmico'

O presidente Emmanuel Macron, que estava na Bélgica, classificou a ação como um ato de "terrorismo islâmico".

Testemunhas disseram que Redouane Lakdim, de 26 anos, gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande), no momento ao invadir o supermercado Super U. Segundo a mídia francesa, ele teria pedido a libertação de Salah Abdeslam, único terrorista capturado com vida nos ataques em Paris de 13 de novembro de 2015.

Os serviços de segurança ainda estão investigando se o EI está realmente por trás do ataque.

Se o vínculo com o grupo extremistas for confirmado, este ataque será o 1º ataque desta dimensão desde a eleição do presidente Emmanuel Macron, em maio de 2017. O Ministério do Interior informou que Lakdim, que era morador de Carcassonne, já era conhecido da polícia por causa de pequenos delitos.

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