Reviravolta

Polícia Civil reabre inquérito do assassinato de Décio Sá

Investigações, que foram reabertas a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado, ocorrem sob sigilo, mas nos primeiros depoimentos, já teria mostrado mais pessoas envolvidas, que não estavam no inquérito original

Daniel Júnior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Júnior Bolinha teria citado novos nomes de envolvidos no caso
Júnior Bolinha teria citado novos nomes de envolvidos no caso (Bolinha)

São Luís - A Superintendência de Investigações Criminais (Seic) destravou o inquérito policial que investiga a morte do jornalista Décio Sá, assassinado a tiros no dia 23 de abril de 2012, e já teria descoberto mais pessoas envolvidas no crime. As investigações ocorrem sob sigilo. Por diversas tentativas O Estado fez contato com a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão para coletar informações, porém não obteve respostas.

O inquérito foi reaberto a pedido da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado. De acordo com um documento publicado pelo blog do Neto Ferreira, num dos trechos, um dos depoentes, José Raimundo Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, cita os nomes de diversos políticos, magistrado e autoridades, inclusive que fizeram parte das primeiras investigações, como participantes da trama.

Como não estavam incluídas no inquérito original, essas informações estão sendo recebidas pelos investigadores do DCCO como fatos novos. O chefe do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, promotor Marco Aurélio Rodrigues, teve o nome citado em um depoimento.

Interrogado em 19 de janeiro no Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), órgão subordinado à Seic, José Raimundo Sales Chaves Júnior, Júnior Bolinha, acusou o chefe do Gaeco de ocultar - para favorecer alguém -, um depoimento extremamente importante prestado na cidade de Santa Inês por Eduardo Lira, que fez acusações gravíssimas e não foram juntadas ao inquérito. “Promotor Marco Aurélio não juntou o real depoimento nos autos”, diz trecho do depoimento, que também cita o nome do juiz Márcio Brandão.

A acusação contra o promotor configura, segundo o depoimento, crime de corrupção ativa e prevaricação, que é cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse pessoal.

O crime:

O jornalista de O Estado, Aldenísio Décio Leite de Sá, de 42 anos, foi assassinado com seis tiros de pistola ponto 40 na noite do dia 23 de abril de 2012 na Avenida Litorânea, em São Luís. Décio foi morto por Jhonathan de Sousa Silva, que está preso, executor agenciado por José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha; comandado pelos empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho – pai de Gláucio –, incomodados com as denúncias feitas do ‘Blog do Décio’.

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