O temor é dele

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) na imprensa, seus aliados na Assembleia e seus auxiliares diretos tentaram vender ontem, sem muita convicção, a ideia de que a entrada do deputado Eduardo Braide (PMN) na disputa pelo governo prejudica a oposição.
A falta de convicção é bem evidente neste discurso comunista porque mesmo os analistas mais inexperientes da política sabem que quanto mais candidatos competitivos na disputa, mais difícil será a vida do governador, que força a barra para tentar liquidar a eleição no primeiro turno. E quer evitar o segundo turno também porque sabe que não terá vida fácil em um confronto direto com um dos representantes da oposição.
Não apenas Eduardo Braide, mas todos os demais candidatos da oposição – a começar pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB), mas também Roberto Rocha (PSDB), Ricardo Murad (PRP) e Maura Jorge (Podemos) têm papel fundamental no embate com Flávio Dino, cada um a seu estilo, cada um dentro do seu perfil e cada um em uma frente de atuação própria, que incomoda o comunista e os seus.
E quanto mais os comunistas puderem evitar o crescimento dessas candidaturas, mais eles vão tentar transferir a responsabilidade. Só não conseguem convencer porque, nesse ponto, não trabalham com as pedras da realidade.

Entusiasmo
A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) mostrou forte entusiasmo com a caravana que liderou por 30 municípios maranhenses.
Tanto que já planeja outra peregrinação, desta vez por 50 municípios.
- Fiquei extremamente satisfeita em ver a manifestação de carinho do eleitor, com abraços efusivos e declarações de saudades de como vivia até quatro anos atrás – declarou.

Jovens em ação
Roseana Sarney ficou muito impressionada com a juventude do MDB na caravana pelo interior maranhense.
Os jovens militantes do partido faziam uma espécie de grupo precursor nas andanças da ex-governadora, chegando às cidades para mobilizar jovens decepcionados com o comunismo.
A JMDB é coordenada pelo secretário nacional de Juventude do governo Michel Temer, o maranhense Assis Filho.

Decepção
Ex-candidato a governador, o senador Lobão Filho (MDB) iniciava seus discursos no interior com uma pergunta ao eleitor:
- Tenho certeza que boa parte de vocês aqui votou em Flávio Dino; mas também tenho convicção de que todos estão decepcionados, verdade? – perguntava ele.
O coro de gritos e sinais de decepção com o comunismo maranhense era quase unânime em todas as reuniões.

Selfies
Candidato a deputado federal, o vice-prefeito de Caxias, Paulo Marinho Júnior, esteve com Roseana Sarney em boa parte dos municípios.
Líder da ala jovem do MDB, era bastante assediado por eleitores.
Tanto que aderiu à iniciativa de Roseana que virou moda; as selfies com lideranças e eleitores.

Aparelhamento
Um pedido de vistas do deputado estadual Roberto Costa (MDB) impediu a votação do projeto que cria mais 10 vagas de capelão no sistema de segurança pública do Maranhão.
Dino tenta impedir o debate sobre o tema porque começa a sofrer desgastes no seio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, onde encheu de capelães com patentes de oficiais.
Nos últimos três anos, Dino criou nada menos que 36 cargos de capelão na PM, nos Bombeiros e no Complexo Penitenciário.

Insatisfeitos
São três os focos de decepção com o governo comunista no interior maranhense.
Além do corte do programa Viva Luz, os moradores do interior reclamam do fechamento de empresas por multas altíssimas e apreensão de motos de trabalhadores por atraso no IPVA.
Trata-se de um exército de insatisfeitos a pregar contra Flávio Dino e seus auxiliares quase todos os dias.

DE OLHO

R$ 500 mil Era a média de recursos liberados pela Secretaria de Agricultura Familiar somente a municípios em que o prefeito declarasse apoio a Adelmo Soares

E MAIS

• Nem mesmo diante da grita dos próprios PMs de carreira, o governador Flávio Dino desiste de aparelhar a corporação com capelães em troca de votos de suas denominações religiosas.

• Alçado ao comando da Casa Civil, Rodrigo Lago é filho do notório Aderson Lago, que ocupou o mesmo posto no governo Jakcson.

• Em um provável descuido contra a língua pátria, o líder governista Rogério Cafeteira tentou defender as blitze da CPRV, mas escreveu em seu post “sínicos” em vez de cínicos.

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