Pesquisa IBGE

Setor de serviços cai 1,9% em janeiro, maior recuo desde março de 2017

Em relação a janeiro do ano passado, o volume caiu 1,3%

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

São Paulo

O volume do setor de serviços caiu 1,9% em janeiro na comparação com dezembro, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a mais intensa desde março de 2017, quando caiu 2,7%.

A queda vem após subir 1% em novembro e 1,5% em dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, o volume de serviços caiu 1,3%. Já a taxa acumulada em 12 meses teve queda de 2,7%.

“A taxa acumulada em 12 meses está numa trajetória ascendente desde abril de 2017, quando estava em -5,1%. Isso significa que as taxas estão cada vez menos negativas”, destacou Rodrigo Lobo, gerente da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE.

Segundo o Lobo, o volume de serviços no Brasil está 12,4% abaixo do pico mais alto do setor, registrado em novembro de 2014, e voltou a se aproximar do ponto mais baixo da série histórica, que foi em março de 2017. "Está apenas 1,1% acima deste ponto mais baixo", explica.

Embora setores importantes da economia estejam demonstrando sinais de recuperação, o setor de serviços, segundo Lobo, depende de “algo maior e mais duradouro” para se recuperar.

Segundo ele, é preciso que o comércio vá bem, que a indústria tenha uma recuperação mais consistente, assim como o consumo das famílias e o aumento na ocupação. E em janeiro foi possível notar que o setor de serviços ficou oscilante porque os demais setores ainda não tiveram uma alta mais duradoura.

Por setores

“Em dezembro, a gente percebeu um aumento do número de contratos de serviços sendo fechados e, consequentemente, houve um aumento da receita bruta de serviços”, enfatizou o pesquisador.

De acordo com o pesquisador, com isso, formou-se uma base de comparação elevada e, em função disso, houve a queda em janeiro. “Essa queda não chega a compensar os ganhos desde novembro, mas seu impacto foi maior que a alta de dezembro”, explicou.

Segundo ele, esses contratos fechados ficaram espalhados entre os diversos segmentos.

Por atividades, na comparação entre dezembro e janeiro, os principais recuos ocorreram nos segmentos de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%). Houve recuo também nos serviços prestados às famílias (-0,6%) e em serviços de informação e comunicação (-0,2%).

Já outros serviços avançaram 3,8%. Lobo destaca dentro desse grupo os serviços de corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde, com peso de 10,8% do total.

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