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Odeio, logo existo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Odeio, logo existo. É esta definitivamente a filosofia do político Flavio Dino. Um ódio a pessoas que ele estrutura como discurso que responde a tudo e a todos.

Não bastam estatísticas, dados oficiais (da própria Secretaria de Planejamento do Estado - Seplan, do IBGE, por exemplo), os fatos e a realidade nua e crua... Nada disso basta. O político Flavio existe somente porque odeia, pois se utilizando do ódio, ele apela às emoções dos incautos, favorecendo, assim, um sentimento faccioso de política, em que de um lado, pretensiosamente, está o bem e do outro lado o mal. E desta forma, ele tergiversa e escamoteia as mazelas de seu governo e a sua incapacidade de governar.

E ele tem feito escola. Alguns de seus alunos têm aperfeiçoado o mestre: Insulto, logo existo. Assim têm agido publicamente alguns de seus secretários, como foi o caso do diretor do Procon (com status de secretario de Estado) Duarte Junior, que insultou o deputado federal Hildo Rocha, durante solenidade de entrega da duplicação da BR-135.

No dia 26.02.2018, uma segunda- feira, foi a vez do líder do governo na Assembléia, deputado Rogério Cafeteira, que reiteradamente tem se referido a deputados oposicionistas com insultos e deboches de ordem pessoal. O alvo do dia foi o deputado Adriano Sarney.

Dia 01.03.2018, o secretário de Segurança Publica do Estado, Jefferson Portela, insultou (através das redes sociais) de “demônio e covarde” o deputado estadual Raimundo Cutrim.

Fato é que o governo que aí está pretende ser um governo sectarista, de sociedade fechada, típica do comunismo, E uma sociedade fechada não aceita quem pensa diferente, não aceita a liberdade. Pelo contrário, quer sempre calar o contraditório. Mas como salientou o ex-presidente José Sarney: “Não há democracia sem parlamento livre.” E diante da lei da mordaça do governo comunista, a oposição nunca pode se intimidar, pois assim defende a própria democracia.

As conseqüências do silêncio por parte da oposição podem ser catastróficas para a sociedade maranhense, pois diante dos recentes dados levantados perante inúmeras fontes oficiais, crimes de responsabilidade e financeiro podem estar sendo perpetrados de forma impune pelo governo.

Ressalva feita ao alerta do deputado Adriano Sarney sobre o fechamento do exercício financeiro do Maranhão em 2017, com déficit primário de R$ 1,1 bilhão - segundo dados publicados no Diário Oficial pela Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento (Seplan), com o agravante do não envio à Assembléia Legislativa de projeto de lei alterando a meta de superávit primário, e sem a redução das despesas do governo de forma a cumprir a meta, conforme preceitua a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Acentua-se também o alerta, também feito pelo deputado Adriano, sobre o déficit previdenciário registrado no mesmo período (2017). De acordo com o Relatório Resumido de Execução Orçamentária do Poder Executivo, o Regime Próprio de Previdência Social (RRPS) do Estado do Maranhão apresentou déficit de R$ 522,8 milhões, ou seja, dado que aponta para a quebra da previdência do Estado.

Portanto, a sociedade maranhense não pode arcar com as irresponsabilidades e incompetência do governo Flávio Dino. Suas ações não podem comprometer salários e aposentadorias de milhares de servidores (como ocorrido nos estados de RN, RJ, RS e MG), nem impedir investimentos ou ensejar novos aumentos de impostos, dentre outras medidas que sufoquem o cidadão, como a recente indústria de multas do Detran-MA.

Mais recente, dia 13.03.2018, o governador Flávio Dino destemperadamente apelou aos insultos em sua rede social em reação à visita da ex-governadora Roseana Sarney a diversos municípios do Estado. O que Flavio Dino pretende é cegar pela paixão os eleitores. Mas, verdadeiramente, o que lhe sobra de jogo de cena, lhe falta em competência para administrar. O ódio cega, mas a verdade liberta. A verdade precisa estar sempre acima do ódio e dos insultos.

Garden Abreu Lima Filho

Servidor Público Federal

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