Meio ambiente

Frente Ambientalista presta homenagem a Sarney Filho

Ministro foi homenageado ontem pelo trabalho realizado no Ministério do Meio Ambiente por parlamentares e representantes de organizações ambientalistas; "Essa homenagem me dá a sensação do dever cumprido", disse ele

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Malu Ribeiro entrega ao ministro Sarney Filho uma escultura de ágata pedra
Malu Ribeiro entrega ao ministro Sarney Filho uma escultura de ágata pedra (Malu Ribeiro entrega ao ministro Sarney Filho uma escultura de ágata pedra)

BRASÍLIA - A Frente Parlamentar Ambientalista homenageou ontem o ministro Sarney Filho pelo trabalho à Frente do Ministério do Meio Ambiente. O coordenador do movimento suprapartidário, deputado Alessandro Molon (PSOL/RJ), afirmou que o ministro, lidera uma luta determinada contra setores do governo que tentam aprovar medidas que representam um grande retrocesso na área socioambiental.

“Essa homenagem me dá a sensação do dever cumprido", afirmou Sarney Filho. "É muito bom e emocionante receber essas palavras de carinho. Isso me faz mais forte para continuar a lutar pela causa", completou.

A determinação com que o ministro enfrentou temas polêmicos para as políticas públicas ambientais brasileiras foram destacadas pelos parlamentares e representantes de organizações ambientalistas e da sociedade civil, entre as quais o WWF Brasil, SOS Pantanal, Greenpeace e Instituto Socioambiental (ISA), SOS Mata Atlântica, além de membros da Frente.

Escultura

Em nome das entidades presentes, Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, entregou uma escultura de ágata pedra ao ministro. “É para trazer equilíbrio, proteção e a força que precisamos ver em você na defesa do meio ambiente", afirmou.

Durante o encontro, também foi discutida a proposta de alteração do Licenciamento Ambiental que tramita no Congresso e os preparativos do parlamento e sociedade para o Fórum Mundial da Água, que começa no dia 18, em Brasília.

Parlamentares e dirigentes de Organizações Não -Governamentais que participam dos trabalhos da Frente, disseram que a volta do ministro para a Câmara, no começo de abril – o ministro vai se desincompatibilizar para disputar uma vaga no Senado- reforçará a discussão de temas em pauta, como a flexibilização do uso de agrotóxicos e licenciamento ambiental.

O coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini disse que a ONG “reconhece a coragem e a sabedoria de Sarney Filho, que conseguiu evitar a aprovação de iniciativas que seriam desastrosas para o meio ambiente, fazendo com que eles voltassem para discussão com a sociedade”. Ele alertou para os riscos da aprovação do projeto de licenciamento da forma como está para ser votado pela Câmara.

O representante do ISA, Maurício Guetta, enfatizou que o ministro “rompeu com a tradição de um ministério fechado”, transformando a pasta em espaço participativo. “Sarney Filho valoriza o diálogo”, disse.

Já o coordenador do programa de políticas públicas do WWF, Michel dos Santos, elogiou a atuação do ministro para viabilizar o Acordo Trinacional – Brasil, Bolívia e Paraguai – em defesa do bioma Pantanal, que será assinado durante o Fórum Mundial da Água.

O deputado Ricardo Trípoli, (PMDB/SP) ressaltou o protagonismo do ministro dentro e fora do país, com participação nas Conferências Mundiais do Clima. “Ele teve posição de destaque nos debates e nas negociações dos documentos que saíram das COPs”, afirmou.

Balanço

Sarney Filho fez um balanço das conquistas alcançadas em quase dois anos à frente do Ministério do Meio Ambiente. A primeira a ser citada foi a queda na curva do desmatamento ilegal na Amazônia, que vinha crescente nos três anos anteriores e caiu em 16% no primeiro ano de sua gestão. Nas unidades de conservação federais, a porcentagem foi ainda maior, chegando a 28%.

Ele atribuiu a conquista à recomposição do orçamento do ministério e órgãos vinculados, responsáveis pela política de comando e controle para contenção do problema. "Se não houver descontinuidade, conseguiremos cumprir as metas propostas no âmbito do Acordo de Paris", disse.

O ministro também citou medidas implementadas na área florestal, como a conclusão do povoamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), a implantação do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais, a criação e ampliação de unidades de conservação, aumentando em 350 mil hectares as áreas protegidas no Brasil.

Ele disse ainda que espera poder anunciar em breve a criação da Área de Proteção Ambiental e Monumento Natural do Arquipélago São Pedro e São Paulo e do Arquipélago de Trindade-Martim Vaz. "Assim, vamos aumentar de 1,5% para 25% a proteção de áreas marinhas no país. Não é o ideal, mas é o possível e vai representar um passo gigantesco e histórico", afirmou.

O ministro destacou pontos da agenda internacional. "Reafirmamos o protagonismo do Brasil. O país aderiu ao Desafio de Bonn, com a intenção de restaurar, reflorestar e promover a recuperação natural de 12 milhões de hectares de florestas até 2030. E, ainda, implantar 5 milhões de hectares de sistemas agrícolas integrados, combinando lavoura, pecuária e florestas, também até 2030, e recuperar 5 milhões de hectares de pastagens degradadas, até 2020", enumerou. E anunciou que, a partir de hoje, 15, estará em Foz do Iguaçu (PR), para a 3ª Reunião Internacional do Desafio de Bonn.

Outro destaque da fala foi para o Programa de Conversão de Multas Ambientais, que esta semana lançou o primeiro chamamento público, destinado a promover ações socioambientais nas bacias do São Francisco e do Parnaíba.

Frase

"É muito bom e emocionante receber essas palavras de carinho. Isso me faz mais forte para continuar a lutar pela causa"

Sarney Filho

Ministro do Meio Ambiente

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