Perigo

Vidas em risco: prédio pode desabar no bairro São Francisco

Parte superior do imóvel está comprometida, e na parte inferior há moradores; na segunda-feira, uma parte desabou e deixou uma pessoa ferida

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Parte superior está danificada e destelhada; água da chuva invade imóvel e encharca as paredes internas
Parte superior está danificada e destelhada; água da chuva invade imóvel e encharca as paredes internas (prédio)

Um prédio está prestes a desabar a qualquer momento, na Travessa Júlio Roça, no São Francisco, e coloca em risco quem passa pelo local ou mora nas proximidades. Porém, as mais prejudicadas, mesmo, são as pessoas que, sem ter onde ficar, utilizam o prédio como moradia.

Em sua estrutura, o prédio apresenta rachaduras e muito mato. Algumas partes já desabaram. O telhado também está comprometido, com diversas telhas fora do lugar. Quando chove, a água entra pelos espaços destelhados, encharcando as paredes internas, deixando-as mais frágeis.

Segundo moradores, uma obra foi iniciada pela proprietária do edifício e nunca finalizada, o que agravou ainda mais a situação. Na parte de cima do imóvel, restos de tijolos e pedaços deles despencam quase diariamente nas calçadas. “Outro dia estava na calçada e um tijolo se soltou. Por sorte, não caiu em cima de mim”, disse o morador Cleber Joel dos Reis Silva.

Sobre o prédio
Com a parte superior feita apenas de tijolos e telhado descoberto, grande parte da água que escorre da chuva passa por toda estrutura do prédio, desaguando nos cômodos da parte de inferior do edifício.

O morador Cleber Joel dos Reis, que possui um cômodo há mais de 10 anos no local, contou que sua casa fica inundada sempre que chove. “Quando chove, eu não dur­mo. Tenho medo de o prédio cair a qualquer momento”, disse.

O morador, que vive ao lado de uma parte comprometida, relatou que durante a noite ouve o prédio fazer barulhos, como se fosse desabar, com estalos na estrutura. “Tive de reforçar recentemente o lado em que moro, mas sei que, se ele cair, vai me afetar. Infelizmente, não tenho para onde ir”, relatou Cleber Joel dos Reis Silva.

Quem também mora no prédio é o autônomo Valdemar Marques da Silva. Ele também o utiliza como local de trabalho. Ele conta que desde que chegou ao local para morar o prédio estava com problemas na estrutura e isso há mais de 10 anos. “Nós vivemos aqui com medo de qualquer momento algo pior acontecer. Ficamos temerosos não só por nós, mas pelas pessoas que passam por essa via”, destacou o morador.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea-MA) declarou que, quando é informado ou notificado de um prédio com tendência a desabamento, notificar à Defesa Civil. Sobre a fiscalização, o órgão informou que somente a realiza se houver evidência de obras ou serviços no local. A Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informou que vai encaminhar equipe da Defesa Civil ao local para que sejam avaliadas as condições do prédio e tomadas as medidas necessárias.

SAIBA MAIS

Na tarde da última segunda-feira, 12, parte do prédio desabou, deixando ferido Alessandro Santana, um morador de 45 anos, causando ferimentos em uma das pernas, fraturas no quadril e um profundo corte no nariz.
Uma parte do prédio é utilizada como ponto comercial, e logo após o acidente fechou as portas, permanecendo assim na manhã de ontem, 13.

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