Rosângela fala

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Está gerando forte expectativa nos meios políticos a entrevista dada pela ex-secretária adjunta de Saúde do governo Flávio Dino (PCdoB), Rosângela Curado (PDT). Presa em 2017 sob acusação de desvios de R$ 18 milhões, Curado falou a uma emissora de TV de Imperatriz, que vem anunciando a pauta e abalando as estruturas do comunismo maranhense.
Filiada ao PDT desde 2014, Curado é suplente de deputada federal e foi auxiliar de Flávio Dino desde o início do mandato do comunista. Em 2016, Dino chegou a exigir a retirada da candidatura do PCdoB em Imperatriz para apoiar a da aliada, carregando-a pelos braços na cidade. Veio aí o primeiro escândalo, quando comunistas espalharam na cidade - às vésperas da eleição - um vídeo em que ela aparece bêbada, vomitando, em uma blitz do bafômetro.
Derrotada nas eleições de Imperatriz, Rosângela voltou ao governo, até ser pilhada pela Polícia Federal, acusada de ser uma das articuladoras de uma organização criminosa que roubava dinheiro da Saúde no Maranhão. Desde então, a ex-auxiliar passou a ser evitada por Flávio Dino.
Mas agora ela resolveu falar. E pelo que anuncia a emissora de TV, falará tudo mesmo. Ainda sem previsão de ir ao ar, a entrevista já é vista como um dos fatos políticos deste início de campanha eleitoral. E os comunistas andam abalados com a expectativa.

Mágoa
O deputado federal Weverton Rocha (PDT) também é alvo da entrevista-bomba de Rosângela Curado.
A pedetista vai falar especificamente sobre o fato de Rocha ter programado uma festa de pré-campanha, em Timon, apenas três dias depois de ela ser presa pela Polícia Federal.
O tom que aparece na conversa com o jornalista de Imperatriz é de mágoa e ressentimento com esse assunto.

Contagiosa
Há duas semanas, Flávio Dino e seus auxiliares estiveram em um evento político do PDT em Imperatriz.
Chamou atenção o fato de Rosângela Curado não estar em nenhum evento, como se tivesse sido orientada a não sair de casa.
Para comunistas, pedetistas e outros membros do governo, a ex-secretária adjunta teria hoje uma contagiosa espécie de doença política.

Na moita
Ignorado, isolado e esnobado pelo governador Flávio Dino, o deputado federal Waldir Maranhão (Avante) decidiu silenciar sobre seu projeto eleitoral.
O parlamentar assustou-se com a guerrilha do Palácio dos Leões em cima do ex-governador José Reinaldo Tavares (sem partido), que ousou afastar-se do comunista.
Temendo que vire alvo da artilharia palaciana - e ainda sonhando ser candidato a senador - Maranhão preferiu esconder-se do debate.

Investigados
Pelo menos cinco deputados estaduais estão sendo investigados pela Receita Federal por “movimentações atípicas” de dinheiro em suas contas.
Um deles, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira (agora no DEM), já foi, inclusive, chamado para depor.
As investigações sobre essas “movimentações atípicas” em contas de políticos têm se tornado cada vez mais comuns a partir da Operação Lava Jato.

Fantasmas
Além de Cafeteira, também enfrentam problemas na Justiça Federal o deputado Stênio Rezende e os ex-deputados Pavão Filho (PDT) e Rubens Pereira (PCdoB).
Eles - e tantos outros da legislatura 1998/2002 - são acusados de usar fantasmas na folha da Assembleia para fazer empréstimos e sonegar impostos.
Rezende, inclusive, já foi condenado em segunda instância pela prática, e pode ficar inelegível nestas eleições.

Ao ataque!
Está cantada a pedra de qual será a principal “proposta de companha” comunista para as eleições 2018: o antisarneysismo.
Com números e obras desfavoráveis para encarar a disputa, a estratégia é intensificar o ataque contra o grupo que se apresenta como principal adversário na corrida pelo Governo do Estado.
E é fácil perceber o óbvio. Bastou a ex-governadora Roseana pegar a estrada em pré-campanha, para choverem posts do governador - e de seu exército midiático - com frases de efeito antisarneysistas nas redes sociais. Coisa feia!

DE OLHO

R$ 20 milhões Foi o total de recursos federais usados pelo governo Flávio Dino na Estrada do Arroz, que teve o projeto todo desfigurado pelo comunista

E MAIS

• O ex-governador José Reinaldo Tavares ainda espera a declaração de apoio do presidente da Famem, Tema Cunha, que já se articula com outros candidatos ao Senado.

• O suposto envolvimento de deputados na quadrilha de contrabandistas incomodou a Assembleia Legislativa.

• As lideranças da Casa alegam que, sem citar nomes, Portela acabou por colocar todos os 42 parlamentares sob suspeita.

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