SÃO LUÍS - Os moradores do Condomínio Jardim Tropical, situado na rua Fernando de Noronha, no Cohaserma - em São Luís - cuja guarita foi derrubada por medida da Prefeitura de São Luís na sexta-feir, 9, organizarão a construção de um muro no entorno dos apartamentos. A medida do poder público foi tomada para garantir a abertura de uma via de acesso na região e, desta forma, dar fluidez ao trânsito, especialmente para quem deseja se deslocar do Cohaserma até a Cohama, Vinhais e adjacências.
Uma reunião entre os moradores do condomínio foi realizada na noite de sábado, 10, para tratar do assunto. No encontro, eles expuseram suas insatisfações com a medida que, de acordo com os moradores, não foi informada com antecedência pelo Município. Eles estão receosos com a segurança própria. Em contrapartida, a Prefeitura alega que houve contato prévio com os síndicos do condomínio sobre a medida e que a ação de derrubada encontra respaldo legal. Desde 2015, de acordo com a Prefeitura, os moradores estavam cientes da possibilidade de queda da guarita.
A ação da Prefeitura foi motivada por um abaixo-assinado organizado por moradores do Cohaserma, que reivindicavam há anos a reabertura da rua, que no início da década de 1980, era a principal via de acesso ao bairro. Um dos moradores mais antigos da localidade e idealizador do abaixo-assinado, o aposentado José Sampaio elogiou a Prefeitura pela medida. “Há anos a gente reivindicava isso e, por ação dos moradores deste condomínio, jamais era possível. Agora é”, disse.
Na tarde de sábado, 11, O Estado esteve no local e constatou que a via está praticamente finalizada, restando apenas a colocação da camada asfáltica. Até mesmo os postes de iluminação pública estão fixados. Mesmo sem estar finalizada, alguns veículos já utilizam a via para acesso ao bairro e ao trecho da avenida Daniel de La Touche.
O diretor da Blitz Urbana, Diogo Azambuja, ressaltou o papel do poder público na operação que derrubou a guarita, garantindo a trafegabilidade, segundo ele. “Essa é uma ação de redistribuição de logradouro público, que atende a uma solicitação dos próprios moradores do bairro, prejudicados com a interdição da via. Estamos agindo em conformidade com a lei, com aval do Ministério Público Estadual e visando ao interesse da coletividade. O objetivo é melhorar o ordenamento do espaço público, combatendo as ocupações irregulares”, disse.
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