Vida Saúde

Conheça as principais doenças hormonais que atingem a mulher

Endocrinologista faz alerta sobre os principais problemas metabológicos e a importância de prevenção; entre as doenças hormonais e metabológicas mais comuns entre as mulheres estão as tireoidites, diabetes e síndrome dos ovários policísticos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Diabetes  é uma das doenças metabólicas e hormonais que acometem  mulheres
Diabetes é uma das doenças metabólicas e hormonais que acometem mulheres (Diabetes)

São Paulo - No mês de comemoração ao Dia Internacional da Mulher é preciso lembrar que de sexo frágil as mulheres não têm nada. Segundo um estudo feito pela da Universidade de Gante, na Bélgica, as mulheres possuem o sistema imunológico mais forte do que os homens. No entanto, é importante estar sempre em alerta aos sinais que o organismo dá quando algo não vai bem.

Segundo a endocrinologista e metabologista da Clínica Soulleve, de São Paulo, Cassandra Lopes, existe uma série de doenças hormonais que atingem grande parte das mulheres e podem ser evitadas através de uma boa prevenção e vida saudável.

“Entre as doenças hormonais e metabológicas mais comuns entre as mulheres estão as tireoidites, diabetes, síndrome dos ovários policísticos, obesidade, alguns tipos de tumores, como o câncer de mama e do endométrio, e os miomas uterinos”, explica a endocrinologista.

Tireoidites
Tireoidite é o nome dado aos diversos tipos de disfunções que atingem a tireoide, uma glândula localizada no pescoço e que produz os hormônios tiroidianos, responsáveis por estimular o metabolismo, afetando a função de quase todos os órgãos.

“Os sintomas mais comuns no hipotireoidismo são queda do cabelo, pele seca, sonolência, intestino preso, perda de memória, dores musculares e ganho de peso. Já no caso do hipertiroidismo são palpitação, irritação, ansiedade, tremores, perda de peso e excesso de suor”, alerta Cassandra.

Além disso, alguns sintomas das disfunções tiroidianas são inespecíficos e muitas vezes podem ser confundidos com fadiga, estresse, depressão e deficiência de vitaminas. Por isso, a importância da realização de exames laboratoriais anuais para o diagnóstico precoce a fim de evitar problemas mais graves gerados por essa disfunção hormonal.

Síndrome dos Ovários Policísticos
Muito comum em mulheres que estão em idade reprodutiva, a Síndrome dos Ovários Policísticos geralmente vem acompanhada de acnes, ganho de peso, dificuldade para engravidar e crescimento maior de pelos. E o tratamento é essencial para garantir uma vida confortável à paciente que sofre com essa síndrome.

“Apesar de ser uma condição, muitas vezes, essa síndrome pode ser evitada ou regularizada através de um estilo de vida saudável, equilíbrio alimentar e exercício físico, já que a obesidade interfere muito na produção dos cistos”, explica a médica.

Diabetes e obesidade
O Diabetes é uma doença cada vez mais prevalente em nosso meio. Sedentarismo, obesidade, urbanização, envelhecimento populacional e maior sobrevida da população diabética são causas desse crescimento.

“Hoje, dispomos de uma vasta variedade de alimentos diet, medicações modernas com poucos efeitos colaterais e métodos diagnósticos precoces para identificação dessa doença, que podem não só prevenir, como tratar o paciente”, comenta a especialista.

Além disso, dados recentes do Ministério da Saúde revelam que 51% da população brasileira está acima do peso. A obesidade está associada a grande parte das doenças que conhecemos no nosso dia a dia como refluxo gastro-esofágico, pedra na vesícula, asma, apneia do sono, infarto, derrame cerebral, alteração do colesterol, hipertensão, diabetes, demência, gordura no fígado, artrose, varizes e câncer.

“Realizar exames anuais, ter qualidade de vida, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação saudável são primordiais para prevenir, tratar e garantir a saúde”, finaliza a médica.

SAIBA MAIS

Além das doenças hormonais, as mulheres têm maior propensão à infecção do trato urinário, que pode atingir os rins e gerar alguma complicação no quadro. “Para isso, é muito importante evitar segurar a urina por muito tempo, ingerir por volta de 2 a 2,5 litros de água ao dia, além de procurar atendimento médico imediato aos sinais de queimação para urinar, perda involuntária de urina, odor urinário incomum, vontade de urinar com muita frequência e em pouca quantidade”, afirma o nefrologista Pedro Dotto Junior. Em situações de infecções urinárias repetidas (mais de três episódios ao ano), é importante investigar com um nefrologista, que irá identificar as possíveis causas e direcionar a prevenção adequada. As doenças renais são, em grande parte, silenciosas. Nesse caso é importante realizar avaliações médicas rotineiras que incluam exame de urina e avaliação da função renal. Como a hipertensão arterial é uma das grandes causas de insuficiência renal, é necessário conferir a pressão arterial em toda consulta médica.

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