Dia Internacional da Mulher

Nova geração de mulheres nasceu para ser livre de preconceitos

As mulheres estão aprendendo forçosamente a lutar por seus direitos, assumindo um protagonismo e construindo suas próprias narrativas, tendo como base a igualdade de direitos e deveres

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
"Temos uma sensibilidade nata que nos ajuda, e muito, a enxergar todos os ângulos de uma situação"
"Temos uma sensibilidade nata que nos ajuda, e muito, a enxergar todos os ângulos de uma situação" (Mulher)

Rio de Janeiro - Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial de 2017 sobre igualdade de gênero, o Brasil ocupa a 90ª posição entre 144 países quando se aborda a diferença de oportunidades. Para que brasileiros e brasileiras atingissem o mesmo patamar seriam necessários cerca de 100 anos, ou mais. Entre os 17 objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU) para transformar o mundo figuram a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas. Base para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações, a igualdade significa que homens e mulheres devem ter os mesmos direitos e deveres. Mas existe um longo caminho para a desconstrução de visões preconceituosas e estereotipadas.

Salários cerca de 22% mais baixos nas mesmas posições hierárquicas e pouca representatividade (10%) no comando das empresas podem ser desestimulantes, considerando-se apenas este aspecto da realidade feminina.
Por outro lado, as mulheres estão aprendendo forçosamente a lutar por seus direitos, assumindo um protagonismo e construindo suas próprias narrativas.

Jennifer Lobo, matchmaker e CEO da plataforma de relacionamento Meu Patrocínio, uma das mulheres que figura entre as poucas no topo de posições executivas, comenta que a sua geração já nasceu para ser livre de preconceitos, mas nem todas têm a força (infelizmente) e as condições necessárias para exercer esta liberdade, tendo o completo controle so­bre a realização dos seus sonhos. "Venho de uma família de mulheres fortes, que, por circunstâncias da vida, precisaram construir os seus destinos sem o amparo de um sistema patriarcal. Não foi uma escolha deliberada, foi uma imposição. Provavelmente, esta situação me fez enxergar, desde cedo, a importância da minha independência, e fui lutar por ela. Tive uma educação privilegiada, é fato, mas aproveitei todo o conhecimento e a experiência familiar para traçar o meu destino. Meus objetivos sempre foram claros e determinação não me faltou para alcançá-los", revela.

Apesar de se considerar "dona da sua narrativa", Jennifer ressalta que, para ser forte, não é preciso assumir uma postura machista. Feminista, diz que sempre preservou a sua feminilidade e reconhece: "As mulheres, neste ponto, não devem se igualar aos homens em termos de racionalidade. Temos uma sensibilidade nata que nos ajuda, e muito, a enxergar todos os ângulos de uma situação, uma percepção mais abrangente. O nosso processo decisório tem mais chances de sucesso, justamente por esta característica. É uma vantagem feminina que merece ser bem aproveitada".

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