Nova geração de mulheres nasceu para ser livre de preconceitos
As mulheres estão aprendendo forçosamente a lutar por seus direitos, assumindo um protagonismo e construindo suas próprias narrativas, tendo como base a igualdade de direitos e deveres
Rio de Janeiro - Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial de 2017 sobre igualdade de gênero, o Brasil ocupa a 90ª posição entre 144 países quando se aborda a diferença de oportunidades. Para que brasileiros e brasileiras atingissem o mesmo patamar seriam necessários cerca de 100 anos, ou mais. Entre os 17 objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU) para transformar o mundo figuram a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas. Base para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e discriminações, a igualdade significa que homens e mulheres devem ter os mesmos direitos e deveres. Mas existe um longo caminho para a desconstrução de visões preconceituosas e estereotipadas.
Salários cerca de 22% mais baixos nas mesmas posições hierárquicas e pouca representatividade (10%) no comando das empresas podem ser desestimulantes, considerando-se apenas este aspecto da realidade feminina.
Por outro lado, as mulheres estão aprendendo forçosamente a lutar por seus direitos, assumindo um protagonismo e construindo suas próprias narrativas.
Jennifer Lobo, matchmaker e CEO da plataforma de relacionamento Meu Patrocínio, uma das mulheres que figura entre as poucas no topo de posições executivas, comenta que a sua geração já nasceu para ser livre de preconceitos, mas nem todas têm a força (infelizmente) e as condições necessárias para exercer esta liberdade, tendo o completo controle sobre a realização dos seus sonhos. "Venho de uma família de mulheres fortes, que, por circunstâncias da vida, precisaram construir os seus destinos sem o amparo de um sistema patriarcal. Não foi uma escolha deliberada, foi uma imposição. Provavelmente, esta situação me fez enxergar, desde cedo, a importância da minha independência, e fui lutar por ela. Tive uma educação privilegiada, é fato, mas aproveitei todo o conhecimento e a experiência familiar para traçar o meu destino. Meus objetivos sempre foram claros e determinação não me faltou para alcançá-los", revela.
Apesar de se considerar "dona da sua narrativa", Jennifer ressalta que, para ser forte, não é preciso assumir uma postura machista. Feminista, diz que sempre preservou a sua feminilidade e reconhece: "As mulheres, neste ponto, não devem se igualar aos homens em termos de racionalidade. Temos uma sensibilidade nata que nos ajuda, e muito, a enxergar todos os ângulos de uma situação, uma percepção mais abrangente. O nosso processo decisório tem mais chances de sucesso, justamente por esta característica. É uma vantagem feminina que merece ser bem aproveitada".
Saiba Mais
- Museu de Artes Sacras cria exposição virtual em homenagem ao Dia da Mulher
- Mulheres ganham cada vez mais espaço no setor de logística
- PGE palestra que abordará papel da poetisa Maria Firmina dos Reis
- Mulheres ganham menos que homens em todos os cargos de liderança
- A incerteza e o medo da violência em cada esquina da cidade
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.