Advertência

Premiê de Israel promete derrotar o ''império agressivo'' do Irã

Benjamin Netanyahu apresentou mapa com os países do Oriente Médio que considera que o Irã quer dominar. Em discurso durante evento, ele advertiu que Washington e Israel ''não estariam sozinhos'' no caso de enfrentarem o país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

ISRAEL - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deu um tempo em seus problemas legais para denunciar ontem a "tirania radical" do Irã em um duro discurso ante um lobby pró-israelense em Washington.

Netanyahu, que enfrenta uma investigação por corrupção em seu país, estava cercado de amigos na capital americana, onde compareceu ao American Israel Public Affairs Committee (AIPAC) um dia depois de se reunir com o presidente Donald Trump, que disse que a relação entre os dois aliados "nunca foi tão boa".

O premiê israelense agradeceu a Trump por sua promessa de deixar o acordo nuclear do Irã se este não for endurecido, e assegurou que Israel e seus vizinhos árabes apoiariam esta decisão.

Para enfatizar sua postura, Netanyahu apresentou um mapa com os países do Oriente Médio que considera que o Irã quer dominar, como Síria, Iêmen, Líbano, Iraque e Gaza, pintados em preto.

"A obscuridade está tomando conta de nossa região. O Irã está construindo um império agressivo", declarou, em uma mensagem de acusação a Teerã por apoiar Bashar al-Assad na guerra civil da Síria para ter bases permanentes na fronteira de Israel.

"A força por trás de tanto mal é a tirania radical do Irã. Tenho uma mensagem para vocês hoje, é muito simples: devemos deter o Irã, vamos deter o Irã", alfinetou.

Trump retirou o apoio de Washington ao acordo do Irã para 2015, que os aliados europeus dos Estados Unidos consideram essenciais para controlar a capacidade nuclear de Teerã.

O Irã, entretanto, insiste que jamais tentou construir armas atômicas, mas advertiu que poderia restabelecer sua capacidade se os Estados Unidos romperem o acordo com sanções econômicas.

Israel e Estados Unidos consideram que os limites de tempo deixam o caminho livre para que Teerã consiga a bomba nuclear, e argumentam que o Irã não moderou sua posição, e que seu papel na região é cada vez mais perigoso.

Netanyahu usou seu discurso ante o AIPAC para advertir que Washington e Israel não estariam sozinhos no caso de enfrentarem o Irã, apontando que vários países árabes apoiaram o Estado judeu. "A maior parte dos países em nossa região sabe, e sabe muito bem, acreditem em mim, que Israel não é seu inimigo, mas seu aliado", assegurou.

"É assim com Egito e Jordânia, sócios pacíficos de Israel há muito tempo, mas também vale para outros países do Oriente Médio", afirmou.

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