Caravana no interior

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

A ex-governadora Roseana Sarney prepara para a próxima quinta-feira, 8, o início de um périplo de vários dias por municípios da região do Pindaré. A partir de Santa Inês, a pré-candidata do MDB ao governo do Estado pretende consolidar seu nome em uma das bases mais fortes que tem no interior do Maranhão.
A caravana de Roseana Sarney, com direito a ônibus personalizado e comboio de aliados políticos e admiradores, deve percorrer todos os municípios da região, com reuniões políticas, conversas com lideranças e participação popular.
A caravana roseanista é abertamente inspirada na Caravana da Cidadania, evento criado nos anos 90 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e que consolidou seu nome nos rincões do Nordeste e fortaleceu seu nome para se eleger presidente da República, alguns anos mais tarde. Em comparação a Lula, Roseana leva a vantagem de ser conhecida em todo o Maranhão e estar sendo aguardada pela população.
Além de Roseana, candidatos a deputado federal e estadual, a “caravana da guerreira”, como já foi apelidada, terá, em alguns trechos, a presença do senador Edison lobão (MDB) e do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), pré-candidatos a senador na chapa roseanista.
O projeto será levado também para outras regiões do estado, até as convenções, quando Roseana será oficialmente apresentada como candidata a governadora.

Cacife
A caravana de Roseana pela região do Pindaré será também uma forma de mostrar a força de suas lideranças no interior.
Desde Santa Inês e Pindaré, passando por Monção, Santa Luzia, Igarapé do Meio, Alto Alegre do Pindaré e outras cidades, a ex-governadora tem grupos consolidados.
E as reuniões com essas lideranças medirão o tamanho do cacife eleitoral da emedebista.

Desprezo
O desdém com o qual o governador Flávio Dino tratou o afastamento de José Reinaldo não surpreendeu o ex-governador.
Aos aliados mais próximos, Tavares tem dito que conhece o perfil do ex-afilhado, que é exatamente esse de desmerecer quem não lhe serve mais aos propósitos.
O ex-governador diz que espera ver este desprezo quando a campanha eleitoral de outubro começar a ganhar corpo.

Subserviente
Soou extremamente mal a repercussão da provável filiação da deputada federal Eliziane Gama (PPS) ao DEM.
A entrada da deputada seria claramente uma artimanha do governador Flávio Dino (PCdoB) para impedir que o ex-governador José Reinaldo tenha o controle da legenda.
Mas o que soou feio foi a capacidade que Eliziane demonstra de se submeter a qualquer coisa pela necessidade de ter o apoio de Dino.

Sem grupo
Com o controle absoluto do PSDB no Maranhão, o senador Roberto Rocha enfrenta, mesmo assim, a dificuldade de formar um grupo sólido para as eleições de outubro.
Ele acaba de ver as chances de ter também o PSB em sua chapa ir para os ares com a confirmação do controle da legenda pelo grupo que faz política em Pernambuco.
Para observadores políticos, Rocha precisa garantir a construção de um grupo antes das convenções se quiser ter viabilidade eleitoral.


Ponta-de-lança
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Rogério Cafeteira - que já esteve com todos os governos, desde a década de 90 - também está sendo cotado no DEM.
Ele chegou, inclusive, a escrever um enigmático texto em suas redes sociais, dando a entender que estaria se transferindo para a legenda.
Cafeteira é um dos pontas-de-lança de Flávio Dino pelo controle do DEM maranhense.

Pra lá ou pra cá?
Passadas mais de uma semana do afastamento entre Flávio Dino e José Reinaldo, o presidente da Famem, Cleomar Tema Cunha (PSB), ainda não se posicionou politicamente.
Tema tem dívida de gratidão com José Reinaldo, mas entende a dependência da Famem em relação às ações do governo.
Pelo que se conhece do líder municipalista, essa decisão só deve ser tomada durante das convenções de julho.

DE OLHO

R$ 18 milhões é o valor do desvio de recursos da Saúde protagonizado pela Orcrim comandada por Rosângela Curado, hoje ignorada por Flávio Dino

E MAIS

• Meio que perdidos em relação ao futuro político, tucanos como Neto Evangelista e Luis Fernando Silva ainda não sabem o que fazer com as eleições que se avizinham.

• O deputado Zé Carlos da Caixa tenta impor uma agenda ao PT maranhense menos dependente do governo Flávio Dino.

• Aliados do deputado Waldir Maranhão ainda insistem em sua candidatura ao Senado, embora ninguém sequer cogite esta possibilidade.

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