Esquemão

Governo Flávio Dino usa estrutura da Saúde para bancar apoio a aliados

Em novembro de 2017 a Polícia Federal revelou esquema na estrutura da Saúde; Ana do Gás também foi flagrada em vídeo com ameaças à diretora de UPA por folha de presença de indicada

Ronaldo Rocha da editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Carlos Lula e o governador Flavio Dino
Carlos Lula e o governador Flavio Dino (Flávio Dinoe Carlos Lula)

Dentro de um período curto, de apenas quatro meses, pelo menos três escândalos de uso da máquina e da estrutura da Saúde do Estado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), abalaram o Governo Flávio Dino (PCdoB).

Em novembro do ano passado, a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Pegadores, que apontou desvio de recursos públicos e atuação de uma organização criminosa na estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Na ocasião, a PF revelou ter identificado desvios de pelo menos R$ 18 milhões da pasta, montagem de empresas de fachada, criação de cargos fantasmas e pagamento de supersalários a apadrinhados políticos.

Na ocasião, a superintendente da PF no Maranhão, Cassandra Ferreira Alves Parazi, afirmou que o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, sabia da existência de uma folha complementar e dos desvios. Ele ingressou com um pedido na Justiça Federal e conseguiu levar o processo para o Tribunal Regional Federal (TRF), sob o argumento de que estaria sendo investigado, mesmo diante do gozo de foro privilegiado.

Menos de um mês depois da operação policial, a deputada estadual Ana do Gás (PCdoB) foi flagrada, em vídeo e áudio, numa discussão com a diretora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Vitória, Camila Maia, a respeito do preenchimento da folha de frequência de uma indicada sua.

A parlamentar aparece nas imagens coagindo a diretora da UPA a assinar documentos confirmando a presença da indicada. Mas Camila se nega a atender a ordem, alegando que a servidora não comparecia ao local de trabalho e que só após a efetivação da cobrança de ponto a indicada da parlamentar começou a aparecer para trabalhar meio expediente.

O caso ganhou forte repercussão nos blogs que fazem a cobertura política local e nas redes sociais.

A base governista na Assembleia Legislativa blindou Ana do Gás. Blindou também Levi Pontes, em 2017, ocasião em que ele havia sido flagrado em áudio numa negociação sobre uma remessa de peixe em troca de apoio político em Chapadinha.

André Murad (MDB) chegou a ingressar com uma representação contra o comunista no Conselho de Ética, mas a Casa rejeitou.

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