Intervenção Federal

Temer garante que reforma da Previdência "não saiu de pauta"

Presidente da República disse que poderá determinar fim da intervenção federal no Rio de Janeiro até outubro e assim daria tempo de votar a reforma da Previdência

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Michel Temer quer colocar reforma da Previdência em pauta até outubro
Michel Temer quer colocar reforma da Previdência em pauta até outubro (Presidente Michel Temer durante a Sessão Plenária do Fórum Econômico Mundial 2018)

Brasília – O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira, 1º, em entrevista que a reforma da Previdência "não saiu da pauta" e que ele pode determinar o fim da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro "em setembro ou outubro". Segundo o presidente, isso daria três meses para a reforma ser votada no Congresso. O decreto da intervenção prevê duração até 31 de dezembro deste ano.

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, o a reforma da Previdência não pode ser votada enquanto estiver em vigência uma intervenção federal em algum estado. A lei proíbe alterações constitucionais em situações como essa.

“Pode ocorrer de quando chegar em setembro, outubro, eu possa fazer cessar a intervenção se ela tomar um caminho, não quero manter a intervenção eternamente no Rio de Janeiro, nem é saudável. Se ocorrer isso, você terá logo depois da eleição três meses, você terá outubro, novembro, dezembro para ainda tentar votar a Previdência", afirmou o presidente.

Temer declarou na entrevista que não desistiu da reforma, mas teve de pesar entre os ajustes na Previdência e a crise da segurança no estado do Rio de Janeiro. E acabou decretando a intervenção federal.

“A insegurança, particularmente no Rio de Janeiro, chegou a tal ponto que pesando os dois valores, eu concluí o seguinte: vamos resolver a questão da segurança no presente momento, porque a Previdência pode ser votada depois, se vai ser votada no meu governo ou não, eu não sei.

Intervenção federal no Rio

O presidente afirmou que a primeira semana de trabalho do general Walter Braga Netto, escolhido como interventor na área de segurança pública, foi de planejamento. Ele lembrou que é preciso um "esforço conjugado" com outros poderes para enfrentar a criminalidade.

“Este é um trabalho que vai pouco a pouco aparecendo. Primeira semana foi uma semana de planejamento do interventor”, disse.

Temer ainda declarou que o Rio de Janeiro é uma "vitrine" para o Brasil e que problemas no estado podem repercutir em outros pontos do país.

“O Rio é uma vitrine para o Brasil, não só para o público externo, mas para o nosso povo", disse.

O presidente também reconheceu que as ações com militares das Forças Armadas no Rio, em curso desde julho de 2017, não tiveram os resultados esperados, já que não havia o comando da área de segurança fluminense.

“Não acabou dando resultado, porque não basta colocar o homem com fuzil na mão, enfim, visibilidade das Forças Armadas, é preciso que tenha um comando da segurança pública. Eu reitero, esse comando vem por meio da interventoria”, completou o presidente.

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