Precariedade

MA: 1.800 pacientes aguardam cirurgia eletiva, segundo CFM

Carlos Vital Tavares, presidente da entidade, avaliou a situação da área de saúde no estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Carlos Vital é presidente do CFM
Carlos Vital é presidente do CFM (Carlos Vital CFM)

Cerca de 1.800 pacientes aguardam na fila para intervenção cirúrgica eletiva no Maranhão. A informação é do presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Tavares, ao avaliar a situação da área de saúde no estado.

“É um número muito grande e pode ocasionar prejuízos a essas pessoas. A precariedade da infraestrutura, a falta de condições de trabalho para os profissionais e de recursos e o baixo número de efetivos, particularmente médicos”, disse Vital, destacando que os maiores problemas do setor ocorrerem nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O presidente do CFM concedeu entrevista na manhã de ontem, na sede do Conselho Regional de Medicina (CRM), no Renascença, destacou, entre outros assuntos, a abertura indiscriminada de escolas médicas no país e defendeu a melhor qualificação profissional dos médicos.

Carlos Vital revelou, com base em levantamento realizado pelo CFM, que o Maranhão ocupa a 10ª posição no ranking nacional da desativação de leitos. Segundo ele, essa redução leitos hospitalares é decorrente, entre outros fatores, de financiamento inadequado para o custeio. “Isso acontece na área pública fundamentalmente por dificuldade orçamentária, por incompetência administrativa dos recursos”, explicou Carlos Vital. Com relação a São Luís, a capital maranhense ocupa a 4ª posição no ranking das capitais brasileiras com menor perda de leitos, ficando atrás de São Paulo, Vitória e Teresina.

Baixa remuneração
O presidente do CFM criticou o baixo financiamento por cirurgias e a abertura indiscriminada de escolas médicas no Brasil. Ele destacou, entre outros assuntos, a abertura indiscriminada de escolas médicas no país e defendeu melhor qualificação profissional dos médicos.

“A baixa remuneração por cirurgias é um problema crônico. São pagas de forma irrisórias. Faltam medicamentos e equipamentos de qualidade. Tivemos um aumento indiscriminado do número de escolas médicas sem o aval do Ministério da Educação e sem estrutura para formar um profissional capacitado para uma atividade de tanta responsabilidade. Por ano, formam-se no Brasil cerca de 25 mil médicos. O país conta atualmente com 308 escolas”, informou. l


SAIBA MAIS

Escolas Médicas na Bolívia são as mais procurada por estudantes que aspiram a profissão por oferecerem preços mais acessíveis, porém, segundo Carlos Vital Tavares Correa Lima, o ensino é de péssima qualidade e não há preocupação para a prática médica.

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