Segurança

Estudantes de escola da Flórida voltam às aulas após tiroteio

No dia 14 de fevereiro, Nikolas Cruz abriu fogo contra escola e matou 17 estudantes. Episódio vem gerando novo debate sobre controle de armas no país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

FLÓRIDA - Os estudantes da escola de Ensino Médio americana Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, voltaram às aulas ontem, em meio a ostensivas medidas de segurança, duas semanas depois da tragédia que deixou 17 mortos.

"Não tenho medo", disse Sean Cummings, estudante de 16 anos. "Só acho que é estranho voltar depois de tudo que aconteceu", admitiu o jovem, em conversa com a AFP.

"Sinto que estamos mais bem protegidos do que qualquer outra escola, mas impressiona muito voltar a ver todo o mundo neste lugar e todos esses policiais", acrescentou.

Ainda assim, ele está feliz com o retorno."É bom que todo o mundo esteja aqui. Acho que será bom voltar a ver todos os meus professores. Será bom regressar", comentou.

Os professores voltaram alguns dias antes ao colégio para se prepararem e, no domingo (25), a instituição organizou um dia de orientação para permitir a pais e estudantes recuperar as coisas que deixaram para trás em meio ao pânico e à retirada do dia do tiroteio.

O massacre na escola aconteceu no Valentines Day pelas mãos do ex-aluno Nikolas Cruz, de 19 anos. Expulso do colégio por razões disciplinares, o rapaz usou um fuzil AR-15, que havia comprado legalmente, para cometer o massacre.

O episódio gerou um novo clamor pelo controle das armas no país. A cada ano, são cerca de 33 mil mortes causadas por armas de fogo.

Pressão

Os sobreviventes do ataque vem colocando pressão sobre políticos de Washington e da Flórida para que tomem medidas contra a violência armada e restrinjam o acesso às armas.

Durante anos, o Congresso americano esteve paralisado neste tema, ainda que as pesquisas mostrassem que a maioria da população apoia um controle mais estrito.

A National Rifle Association (NRA) é um poderoso lobby que exerce pressão em Washington e em congressos estaduais, com generosos financiamentos a políticos, para garantir que a livre venda e o porte de armas não sejam ameaçados.

Ontem pela manhã, a Dick's Sporting Goods, uma das maiores cadeias de distribuição de produtos de caça, pesca e de atividades de lazer ao ar livre, disse que estava pondo fim imediato à venda de fuzis de assalto e que não venderá mais armas para menores de 21 anos.

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