Combate ao Aedes

Uema obtém concessão de patente para preparo de inseticida que combate o Aedes aegypti

A invenção é gerada por processo de preparo e aplicação de compostos inseticidas, obtidos a partir do extrato hidroalcoólico das folhas do Nim

OESTADOMA.COM / com informações da assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
A patente tem validade em todo o território nacional de 20 anos, contados a partir do dia 29 de outubro de 2010, data exata do depósito.
A patente tem validade em todo o território nacional de 20 anos, contados a partir do dia 29 de outubro de 2010, data exata do depósito. ( ¿Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela)

SÃO LUÍS - Foi concedida à Universidade Estadual do Maranhão (Uema) a patente de invencção do Processo de Preparo do Extrato Hidroalcoólico das Folhas do Nim (Azadirachta indica A. Juss) com ação ovicida e larvicida sobre o Aedes aegypti, ou seja, elimina ovos e larvas do mosquito. A concessão foi dada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), neste mês de fevereiro.

LEIA TAMBÉM:

Mais de 9 toneladas de pneus velhos foram recolhidos em São Luís

'Muita gente confunde os sintomas da dengue com os de uma gripe comum'​

Mitos e verdades sobre o combate ao Aedes Aegypti

Os professores Adriana Leandro Camara (ex-professora da Uema), Mamede Chaves e Silva (Departamento de Química e Biologia da Uema), Maria Célia Pires Costa (Departamento de Química e Biologia da Uema) e a egressa do Curso de Ciências Biológicas da Uema, Paula Eilany Silva Marinho, são os inventores do processo.

A invenção é gerada por processo de preparo e aplicação de compostos inseticidas, obtidos a partir do extrato hidroalcoólico das folhas do Nim para eliminação de ovos e larvas do mosquito transmissor de várias doenças como a dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela.

“O Nim é uma árvore de grande abundância no Maranhão. Na própria universidade, encontramos bastante essa espécie. Do extrato das folhas da árvore, pode-se obter um produto viável, de fácil manipulação, de baixo custo, sem efeito tóxico ao homem e que possa ser comercializado e usado em campanhas de controle do Aedes aegypti onde há infestação por esse mosquito”, aponta a professora e doutora Adriana Camara, atualmente, professora do Departamento de Ciências Fisiológicas da UFMA.

De acordo com Adriana Camara, a obtenção da patente vai impulsionar a possibilidade de comercialização do processo e geração de recursos para a Uema. “Temos 12 anos ainda como detentores do direito sobre essa tecnologia e pretendemos utilizá-la de modo a gerar recursos para ser investidos em mais pesquisas na universidade”, ressalta.

Como titular da patente, a Uema tem o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, colocar à venda, usar, importar o processo ou produto obtido diretamente pelo processo patenteado.

A Uema já tinha a expectativa de direito sobre a patente desde 2010, quando foi depositado o pedido.

A patente tem validade em todo o território nacional de 20 anos, contados a partir do dia 29 de outubro de 2010, data exata do depósito.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.