Negado

TRF-4 nega novo pedido de Lula para suspeição de Moro

O pedido da defesa do ex-presidente é para afastar o juiz Moro da condução do processo em que Lula é réu por recebimento de propina da Odebrecht

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Sérgio Moro continuará conduzindo processo em que Lula aparece como réu acusado de receber propina da Odebrecht
Sérgio Moro continuará conduzindo processo em que Lula aparece como réu acusado de receber propina da Odebrecht (SERGIO MORO JUIZ )

Porto Alegre - A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou nesta quarta-feira, 28, o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para afastar o juiz federal Sérgio Moro da condução do processo em que ele é réu por recebimento de propina da Odebrecht.

A corte já havia julgado pedidos de exceção de suspeição contra o juiz federal anteriormente. O último foi em dezembro do ano passado. Todos foram negados.

Desta vez, o pedido foi feito com base em uma palestra proferida pelo magistrado. A defesa de Lula entendeu que houve "eventual aconselhamento das partes", pois nessa palestra Moro teria aconselhado a Petrobras, que funciona como assistência da acusação em diversas das ações penais da Lava Jato.

O relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, considerou que o que houve foi uma palestra aberta ao público em geral, que não guardava relação com o processo penal. Por isso, negou o pedido.

O desembargador Leandro Paulsen também não viu vinculação direta com o processo em questão ou qualquer relação mais próxima do juiz com a parte.

O juiz Nivaldo Brunoni, que substitui o decano Victor Laus, que está de férias, também acompanhou o relator.

A ação trata da acusação contra Lula de receber propina da empreiteira por meio de dois imóveis: um terreno em São Paulo, que seria usado para a instalação do Instituto Lula, e um apartamento vizinho à residência do ex-presidente, em São Bernardo do Campo, em São Paulo.

Esta é a segunda ação em que Lula virou réu na Operação Lava jato. A propina seria fruto de negociações de oito contratos da Petrobras com a empreiteira.

Em janeiro deste ano, o ex-presidente foi condenado em segunda instância acusado de receber um apartamento triplex como propina da empreiteira OAS. Em decisão unânime, o TRF-4 decidiu manter a condenação da primeira instância e aumentar a pena de Lula para 12 anos e 1 mês.

Na semana passada, a defesa de Lula ingressou com o recurso de embargos de declaração no processo do triplex, e aguarda julgamento.

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