Estatística

Média é de 1,5 assalto a ônibus por dia na Ilha de São Luís em 2017

Foram 580 assaltos a ônibus em todo o ano passado, 24 a menos que em 2016; criminosos continuam agindo no Centro e nos terminais de integração

Natália Reis / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
Mesmo com pequena queda no número de assaltos a ônibus de 2016 para 2017, ações criminosas se mantêm
Mesmo com pequena queda no número de assaltos a ônibus de 2016 para 2017, ações criminosas se mantêm (ônibus)

SÃO LUÍS - De acordo com dados do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema), no ano de 2017 foram contabilizados 580 assaltos - uma média de 48 crimes do tipo por mês. No mês de março ocorreram 84 registros desse tipo de ocorrência. Foram 24 assaltos a menos do que no ano de 2016, que apresentou 604 ocorrências. Mas, na média diária, a queda não é sentida, com registro de 1,5 assalto por dia em 2017 e um total de 1,6 ocorrência/dia em 2016.

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Os números de assaltos são contabilizados por meio de denúncias e boletins de ocorrência feitos pelos motoristas às empresas responsáveis que atuam no Sistema de Transporte Público de São Luís.

Segundo informações do Sindicato dos Rodoviários, os assaltantes atuaram em toda a capital. Porém, há locais em destaque, como no Centro (em diversos pontos), nos Terminais da Praia Grande e da Cohama, na BR-135 (da saída de São Luís até Estiva), nos bairros do Turu e Angelim e na Avenida Jerônimo de Albuquerque (em diversos pontos).

Para que diminuam ainda mais os índices de assaltos a coletivos, o presidente do sindicato, Isaias Castelo Branco, informou que várias ações foram e continuarão sendo realizadas, entre elas o trabalho junto a Polícia Militar, por meio de vistoria a ônibus, dentro e fora dos terminais, onde as ações ocorrem com mais frequência. “Ao sair dos terminais, os bandidos aproveitam para assaltar, e às vezes ocorre antes mesmo dos veículos saírem dos terminais”, disse.

O presidente destacou ainda que a maioria dos assaltos é feita por jovens de 15 a 17 anos, que, após a apreensão pela Polícia Militar em operações, acabam sendo soltos no dia seguinte, o que gera medo e desconforto para os motoristas. “No dia seguinte ao ocorrido, os motoristas não querem trabalhar, pois acreditam que os bandidos retornarão na mesma hora e pegarão o mesmo veículo para fazer represália. Isso é algo que, infelizmente, não conseguimos resolver, até porque são soltos logo após serem apreendidos”, destacou Isaias Castelo Branco.

Questionado sobre os prejuízos aos motoristas após a ação dos bandidos, ao levarem a renda, o presidente do Sindicato dos Rodoviários informou que, após várias reivindicações de motoristas e cobradores, foi retirada total responsabilidade deles sobre os valores roubados na maioria das empresas. Porém, ainda há aquelas que optam por obrigar os trabalhadores a pagarem o prejuízo.

Um dos assaltos resultou na mortes do assaltante Henrique Keven Ferreira Pereira, 19 anos, em 1º de novembro. O assalto ocorreu na BR-135, nas proximidades da fábrica Oleama.

Saiba mais

Assaltos a Ônibus 2017

77 - Janeiro
64 - Fevereiro
84 - Março
47 - Abril
40 - Maio
40 - Junho
28 - Julho
26 - Agosto
54 - Setembro
48 - Outubro
30 - Novembro
42 - Dezembro
580 - TOTAL

Assaltos a Ônibus 2016

604 - TOTAL

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