Mobilidade em xeque

Asfalto corroído dificulta fluxo de veículos e pedestres em SL

Situação é registrada em diversos pontos da capital maranhense; no período chuvoso, fica pior; problema está atrelado à má qualidade dos serviços de pavimentação e do material utilizado

Daniel Júnior / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

O asfalto danificado em ruas e avenidas de São Luís causa transtornos para motoristas e pedestres. Com isso, o tráfego de veículos está cada vez mais lento, e atravessar uma via se tornou uma ação perigosa. O Estado verificou, na manhã de ontem, o asfalto irregular em um trecho da Avenida Getúlio Vargas, no Monte Castelo; na Rua da Glória, no mesmo bairro; na Rua do Passeio, no centro da capital maranhense, e em toda a extensão da Avenida Tancredo Neves, via de acesso ao Socorrão II.

“Já presenciei muitos acidentes, veículos que quebram, e nós, pedestres, às vezes não prestamos atenção e caímos nos buracos. Quando chove é pior, fica um lamaçal. A situação é horrível. Deveriam arrumar o asfalto. E neste período chuvoso é pior. No meu bairro, Ivar Saldanha, está complicado. Já levei o caso à Prefeitura, mas não adiantou. Não fazem nada”, relatou Sandriele Regina Lisboa Correa, de 26 anos, vendedora externa.

O asfalto desnivelado e irregular em um trecho da Avenida Getúlio Vargas, no Monte Castelo, próximo ao ponto de ônibus oposto à Igreja Nossa Senhora da Conceição, está causando perigo para os pedestres que atravessam a via e pode ocasionar a quebra de veículos. No começo da Rua da Glória, no mesmo bairro, uma cratera se formou, e os motoristas encontram muitas dificuldades.

A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) informou que mantém equipes que trabalham continuamente a manutenção da pavimentação das avenidas da cidade, a fim de garantir a mobilidade nos corredores viários, além da realização das obras de recapeamento e asfaltamento em ruas em diversos bairros. Informa ainda que as equipes estão trabalhando para concluir o tratamento com revestimento na Avenida dos Holandeses e na região do anel Viário para avançar para outras avenidas.

E acrescentou que, ano passado, implantou mais de 100 km de pavimentação em bairros da cidade que apresentavam infraestrutura precária; em parceria com o Governo do Estado, realizou a pavimentação das avenidas São Marçal e Franceses, entre outros corredores, e que vai continuar trabalhando e ampliando os investimentos na melhoria continua da malha viária da capital.

Mais buracos
Na Avenida Tancredo Neves, via de acesso ao Socorrão II, os motoristas são obrigados a trafegar pelas margens, porque a via está repleta de buracos. Com o período chuvoso, os buracos ficam cobertos por água barrenta e se tornaram uma armadilha para os pedestres que tentam atravessar a via. “Deveriam fazer uma nova avenida aqui. Esse asfalto não presta. Não adianta tapar buracos”, reclamou a aposentada Vera Lúcia Pereira da Silva, de 50 anos.

A vendedora Joyce Mendonça, de 30 anos, relata as dificuldades de se locomover em sua moto na Avenida Tancredo Neves. “É difícil de trafegar. O veículo sofre os impactos e corre o risco de quebrar. Deveriam colocar um asfalto de qualidade”, sugeriu.

“A Prefeitura sabe desse problema aqui na Avenida Tancredo Neves. Convivemos com essa calamidade há um bom tempo. Deveriam cuidar das ruas. Aqui vêm pessoas doentes para o hospital, e pode quebrar até uma ambulância. Meu carro só vive passando por reparos”, relatou Francisco Queiroz, de 54 anos, corretor de imóveis.

“O problema na Avenida Tancredo Neves é crônico. Todo dia vem gente aqui na oficina consertar os danos causados nos veículos”, revelou o mecânico Josiel Martins Silva, que trabalha em uma oficina na via.

De acordo com o engenheiro Emanuel Miguez, do Clube de Engenharia do Maranhão (CEM), a má qualidade dos serviços de pavimentação e do material utilizado são as causas do problema no asfalto. “Os serviços de pavimentação asfáltica são contratados pelas prefeituras do Maranhão e também pelo Governo como um serviço comum, mas na verdade deve ser contratado como um serviço de engenharia. A empresa que realizará a obra deve apresentar um projeto técnico e garantir a qualidade da obra. O pavimento é apenas a parte estética. O bom asfalto tem que ter três camadas: a sub-base, a base e, por último, a pavimentação”, defendeu Miguez.

A Prefeitura de São José de Ribamar foi contatada sobre a questão da Avenida Tancredo Neves, mas até o fechamento desta edição não respondeu aos questionamentos.

Asfalto corroído dificulta fluxo de veículos e pedestres em SL

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