BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, determinou ontem que o Ibama adote todas as providências legais e administrativas para apurar os danos ambientais e humanos do acidente causado pelo vazamento tóxico da barragem de rejeitos de bauxita, extraída pela empresa Hydro Alunorte, no Pará, que tem 41% de capital norueguês.
“Embora o licenciamento ambiental tenha sido feito pelo estado do Pará, diante da gravidade da situação, o Ibama poderá, inclusive, embargar a atividade e aplicar multas pecuniárias, além de exigir que sejam reparados os danos ambientais e os que atingiram famílias de Barcarena e áreas vizinhas”, afirmou o ministro.
De acordo com Sarney Filho, o ministério acompanhava a situação há vários dias, mas vistorias realizadas pelo órgão estadual de Meio Ambiente, além do Instituto Evandro Chagas, indicavam que não havia vazamento ou transbordamento de resíduos que são altamente tóxicos, pela presença de mercúrio.
No entanto, no dia 22, um laudo do Instituto Evandro Chagas, do Pará, confirmou que a empresa fez uma ligação clandestina para eliminar os efluentes contaminados, situação depois confirmada pela empresa. Além do MMA, o Ministério Público, a OAB e a Câmara dos Deputados, que criou uma Comissão Externa, estão apurando o caso. Já o Ministério da Integração está distribuindo água potável para as famílias.
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