Artigo

Beco sem saída

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

Durante muito tempo a esquerda brasileira, em seu afã de implementar por aqui o regime comunista, usou de forma indiscriminada e sem nenhum critério a teoria da hegemonia cultural desenvolvida pelo filósofo, jornalista, crítico literário e político italiano, Antonio Gramsci.

Uma das coisas pensadas pelos esquerdopatas brasileiros que desde sempre dominavam as universidades e ganharam as escolas e instituições, mesmo as governamentais, para levar adiante, de maneira nociva ao nosso país, a disseminação do comunismo, através do gramschismo, foi a forma de analisarem e encararem a criminalidade.

Eles resolveram que a criminalidade e a violência eram resultado única e exclusivamente da desigualdade social que campeava em nosso país, um subproduto da falta de liberdade democrática e de um estado realmente republicano. Essa era como sempre uma posição cômoda para quem, estando fora do poder, ansiava por se aquartelar nele por tempo semelhante àquele que os teóricos do nazismo também pretendiam, algo em torno de mil anos.

A desconstrução da sociedade, de maneira geral, o enfraquecimento das instituições, começando pela família, infiltrados que estavam na Academia e depois através dos professores lá formados, nas escolas, o aparelhamento de grande parte da igreja católica, pois em tese os ensinamentos de Jesus são idênticos aos preceitos comunistas, excetuando-se o fato de que Jesus era antes de qualquer coisa um ser tolerante, que respeitava as diferenças por mais antagônicas que fossem, enquanto o comunismo necessita de um extremado sectarismo e de um exacerbado maniqueísmo, pois se ele conviver com a liberdade e a diversidade, perde completamente sua força, devido à automática comparação que as pessoas farão entre uma forma e outra de agir, ficando claro e patente que a forma comunista é um engodo que pode, por algum tempo, nos envolver e nos cegar, mas que depois se prova um desastre.

Pois é!... Dito isso, resta analisar o que está acontecendo na cidade que já não é maravilhosa há muito tempo, desde que o crime organizado e generalizado tomou conta, de um lado das comunidades mais carentes e de outro da política institucionalizada.

Gestores públicos presos ou sofrendo processos. Marginais dominando bairros inteiros, transformando o Rio de Janeiro em uma Mossul!

O governo federal, acusado por estes mesmos esquerdistas de ilegítimo, intervém na segurança do estado do Rio e logicamente não tem o apoio destes nesta ação que, se não é a melhor, é a única que pode ser executada, sem que se fira o regime democrático e o regime republicano, coisas hoje tão fortes em nosso país que tivemos as escolas de samba vencedoras do carnaval da mesma sitiada cidade do Rio de Janeiro, apresentando enredos sobre a corrupção institucionalizada nos 14 anos de governo do PT e a abominada reforma da previdência!

Resumo da ópera! Como está não pode continuar! Alguma coisa precisa ser feita. Ninguém tem certeza qual é o melhor caminho! Há quem defenda que em casos como estes, os direitos civis dos envolvidos em crimes de tráfico de drogas e armas, assaltos, assassinato e outros correlatos devem ser suspensos. Por outro lado, há quem veja nisso a possibilidade de, neste intento serem atingidas pessoas que não tenham nenhum envolvimento com o crime organizado.

A verdade é que há uma guerra sendo travada nas ruas e nas comunidades do Rio de Janeiro e como tal, como uma Guerra, esta situação deve ser enfrentada.

Existem seis coisas fundamentais que o estado deve garantir para seus cidadãos e contribuintes: saúde, educação, segurança, saneamento básico, transporte e liberdade democrática. O estado brasileiro, em seus três níveis, não oferece nada disso e talvez, neste momento seja preciso priorizar um destes itens para garantir, no futuro, a existência dos demais.

Se isso aqui fosse uma redação do ENEM, eu tiraria zero, pois não tem a tal da sugestão de uma solução para o caso abordado. O pior é que ninguém tem uma solução para este caso… Ainda!...

Joaquim Haickel

Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

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