Denúncia

Oposição diz que vai boicotar eleição ''fraudulenta'' na Venezuela

A decisão deixa Maduro cotado como o favorito para a reeleição no pleito marcado para 22 de abril, mas possivelmente vai abrir caminho para uma ampla condenação internacional

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32

CARACAS - A coalizão de oposição da Venezuela disse ontem que não poderá participar de eleições presidenciais "fraudulentas e ilegítimas" devido às condições injustas criadas pelo governo do presidente Nicolas Maduro.

A decisão deixa Maduro, de 55 anos, cotado como o favorito para a reeleição no pleito marcado para 22 de abril, mas possivelmente vai abrir caminho para uma ampla condenação internacional.

"Não contem com a Mesa da Unidade Democrática nem com o povo para aprovar o que, até agora, é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleição presidencial", anunciou o coordenador político da MUD, Ángel Oropeza, em entrevista coletiva.

Oropeza assegurou que esta decisão foi tomada em consenso e por parte de todos os partidos que integram a aliança antichavista.

Os dois maiores rivais de oposição de Maduro estão impedidos de concorrer ao cargo: Leopoldo Lopez está em prisão domiciliar e Henrique Capriles está impedido de se candidatar à presidência por conta de acusações de má conduta de quando era governador.

Segundo a Reuters, a decisão da MUD deixa Maduro diante de um único candidato confirmado até agora, um pastor evangélico pouco conhecido chamado Javier Bertucci.

Outro candidato provável, no entanto, é o líder da oposição Henri Falcon, que rompeu com os socialistas em 2010. Ele expressou seu desejo de concorrer contra Maduro e pode romper com a decisão da coalizão em boicotar a votação.

Sua candidatura provavelmente vai gerar um clima de desconforto entre os adversários de Maduro, muitos dos quais consideram Falcon um elemento que busca ajudar o atual presidente venezuelano a legitimar um pleito fraudado.

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