Mercado de trabalho

Mulheres ganham mais do que homens em Brasília

No Distrito Federal, mulheres se concentram em vagas que exigem nível superior. Nacionalmente, ainda há desequilíbrio de salários, mas pesquisa aponta avanço

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

BRASÍLIA - O Distrito Federal é a única unidade do país onde mulheres ganham, em média, mais do que homens. É o que aponta a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, cuja compilação dos dez últimos anos de pesquisa foi divulgada segunda-feira,19.

De acordo com o levantamento, que analisou números entre 2007 e 2016, as mulheres do DF ganham em média R$ 5.261,80. Já os homens recebem salário de R$ 5.196,10.

O número se contrapõe a outro, que indica que o mercado de trabalho do DF é composto só em 38% por mulheres – 62% são homens. Entre 1,25 milhão de trabalhadores, apenas 474 mil são do gênero feminino.

Por quê?

No DF, as mulheres são empregadas em maioria no setor de serviços (50,7%) e na administração pública (29,5%). É no funcionalismo público que ficam os maiores rendimentos. “Observa-se que há uma concentração de mulheres em ocupações de nível superior, que apresentam salários mais elevados”, informou o ministério.

“Pode-se dizer, portanto, que os salários das mulheres na administração pública do DF contribui para elevar sua média salarial. Esta é uma particularidade do Distrito Federal, onde há concentração do emprego formal neste setor.”

Dados nacionais

Considerando dados de todo o país, a administração pública é a única área na qual há mais mulheres em ação do que homens. Dos 8,8 milhões de postos de trabalho, 59% são ocupados por elas.

Nacionalmente, as ocupações com maior concentração de trabalhadoras são as de auxiliar de escritório, assistente administrativo e vendedora no comércio de varejo.

Tendência de melhora

O levantamento do ministério mostrou que existe uma tendência de melhora quanto à participação feminina no mercado de trabalho, apesar de ainda haver descompassos salariais – principalmente por serem quem mais têm ensino superior completo.

Em 2007, as mulheres respondiam por 40,85% dos postos de trabalho e ganhavam 17% a menos do que homens.

Dez anos depois, mulheres passaram a ocupar 44% de todas as vagas. E a diferença salarial entre os gêneros caiu para 15%.

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