BURAQUEIRA

Moradores se unem para tapar buracos no Cohabiano

Com a ausência de ação do poder público, moradores têm de tirar dinheiro do bolso e pagar pedreiros para deixar as vias do bairro trafegáveis e assim poderem se locomover e não ter prejuízos com seus comércios

Robert W. Valporto / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

[e-s001]Cansados de esperar por uma solução do poder público para os buracos nas ruas do Cohabiano, próximo ao Cohatrac IV, em São José de Ribamar, os moradores do bairro resolveram se unir, na manhã de ontem, e solucionar a questão eles mesmos.
O maior problema fica concentrado na Avenida do Fio, que corta todo o bairro. E foram dois trechos dessa via que estavam em obra, ontem, financiada pelos moradores que, segundo eles próprios, sempre têm de tomar essa iniciativa.

Situação confirmada pelo pedreiro Julião Rios, de 43 anos, que trabalhava no fechamento dos buracos. “A situação pelo bairro é muito difícil. Se fosse para esperar pela Prefeitura, os moradores estavam perdidos. Aqui foi o dono de uma borracharia que pediu para eu tapar os buracos na porta dele”, contou.

Outro a tratar do problema na rua foi o mototaxista Bruce Souza, de 57 anos. “A gente está numa crise grande no nosso bairro. O sentimento é de esquecimento, de que somos deixados para lá por nossos governantes. Aqui, os moradores se reúnem para fazer as obras”, lembrou.

Outro morador a apelar para utilizar os próprios recursos para resolver o problema foi o comerciante Jorge Martins, de 53 anos, que diz anualmente gastar muito dinheiro para tapar os buracos, a fim de não perder seus clientes por causa da buraqueira.
“Aqui vocês podem ver que já tem uma reforma que foi feita um tempo atrás. Em mais um ano preciso fazer isso novamente, tendo em vista que a Prefeitura não está fazendo nada para solucionar os problemas nesse quesito em nosso bairro”, disse.

[e-s001]Quem não está conseguindo evitar prejuízos é o comerciante Mauri Mendes, de 40 anos. Ele mora na Rua Projetada, que está intrafegável e nunca teve pavimentação, o que preocupa deficientes físicos e idosos que moram naquela via.
“Aqui na rua a gente fica preocupado se alguém precisar de atendimento médico. Ambulância, carro, moto, nada disso entra na nossa rua, por falta de infraestrutura. Aqui no comércio, na época de chuva, temos um prejuízo grande por causa desses
problemas na rua”, completou.

O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São José de Ribamar para saber se há planejamento para resolver o problema, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

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