São Paulo - Com o enredo A voz marrom que não deixa o samba morrer, em homenagem a sambista maranhense Alcione, escola paulistana Mocidade Alegre desfilou na madrugada deste domingo e Carnaval (11), no segundo e último dia de apresentações oficiais das escolas de São Paulo no Carnaval de 2018.

O samba-enredo foi assinado por Biro Biro, Gui Cruz, Imperial, Luciano Rosa, Portuga, Rafael Falanga, Rodrigo Minuetto e Vitor Gabriel, e sua letra versa sobre o envolvimento da cantora com a escola de samba carioca Mangueira, cujas cores, não por acaso, deram os tons do figurino e do carro que conduziu Alcione no desfile da Mocidade Alegre.

Parte da escola desfilou com as cores verde e rosa, e a bateria da agremiação, por vezes, adotou a batida típica da Mangueira – com os surdos, no jargão dos sambistas, “sem resposta”. A batida usada na festa maranhense do Bumba Meu Boi também foi levada para avenida pelo corpo instrumental da agremiação, como uma homenagem à cidade natal da Alcione, São Luís.

Além do Carnaval, o desfile fez referência ao Maranhão, terra natal da Marrom. Além de cantar o samba com empolgação durante todo o percurso, ela participou também do esquenta da escola, cantando "Não deixe o Samba Morrer". Ao fim do desfile, foi saudada pelos integrantes aos gritos de "Alcione maravilhosa!", "Linda!" e "Te amo!".

"Foi a melhor sensação do mundo ser homenageada por uma escola do povo como é a comunidade da Mocidade Alegre. Organizada, uma bateria maravilhosa, e em São Paulo, né, a galeria curtindo. Me sinto honrada", comemorou em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo".

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