Crise

Sucesso em campo na temporada de 2018 não ameniza crise financeira do Moto

Com um mês de salários atrasados, presidente do clube disse que espera patrocínio do Governo do Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Célio Sérgio, presidente do Moto, admitiu momento ruim do clube
Célio Sérgio, presidente do Moto, admitiu momento ruim do clube (CELIO SERGIO MOTO )

SÃO LUÍS - O êxito do Moto Club dentro de campo No Campeonato Maranhense não amenizou a crise financeira que provocou o atraso de salários e a saída de jogadores por propostas melhores.

A previsão orçamentária do Papão do Norte de acordo com o presidente do clube, Célio Sérgio, é de R$ 300 mil oriunda da Lei de Incentivo ao Esporte. “Não há outra forma de arrecadação. Não podemos pedir dinheiro para os conselheiros e as rendas não dão para pagar sequer uma folha. Não há outra forma de capitar dinheiro no futebol se não for vinda do poder público, porque as rendas dos jogos é muito baixa e as empresas não dão um centavo se não for via Lei de Incentivo ao Esporte, porque descontam de imposto de renda”, explicou.

O dirigente admite também que os jogadores estão com um mês de salários atrasados e os funcionários três, mas que pretende pagar assim que receber o patrocínio do Estadual. “Realmente existem estes débitos, mas assim que o dinheiro, que já deveria ter saído, for pago vou quitar todos os débitos. Felizmente temos dois grandes líderes no time: o técnico Marcinho e o goleiro Rodrigo Ramos, que estão cientes das dificuldades e estão mantendo o empenho do time dentro de campo”, afirmou.

Quanto aos jogadores que foram embora: o atacante Jefferson Araújo e o lateral-esquerdo Léo Campos, Célio Sérgio disse que não há uma debandada. “O Jefferson Araújo recebeu uma proposta melhor e não tivemos como segurá-lo. Já o Léo Campos, foi o clube dele que não liberou seu empréstimo”, contou.

Os problemas do Moto não param por aí, o Tribunal de Justiça Desportiva do Maranhão (TJD-MA) recebeu na noite de segunda-feira denuncia de infração cometida pelo clube feita pelo Sampaio Corrêa. O Tricolor acusa o Papão do Norte da entrega fora do prazo as contribuições previdenciárias (INSS) a respeito do jogo da equipe rubro-negra contra o São José, no último dia 28 de janeiro pelo Estadual.

Pelo regulamento específico da competição estipula que o prazo de 48h e os débitos só foram repassados pelo Moto nessa segunda-feira (5). A notícia infração foi entregue ao TJD-MA, que agora analisará se tem procedência. O São José entrou também com um requerimento de informação a respeito do caso.

Caso o Moto seja punido como diz o Artigo 38 do Regulamento do Campeonato Maranhense 2018, o clube perderá de 1 (um) a 3 (três) pontos. O TJD-MA deverá se pronunciar a respeito do caso nos próximos dias. “Não vou discutir questão jurídica e nem vou parar o campeonato por causa de problema na Justiça Desportiva, porque o Moto só teve prejuízo com isso. Vamos nos defender dessa situação, mas se não formos condenados não vou parar o campeonato. Faço até um apelo para os outros dirigentes, que estão na mesma situação esperando recurso do Governo, para não pararem a competição, porque o nosso prejuízo será maior. Será uma folha a mais que teremos que pagar e até onde sei ninguém, além do Sampaio Corrêa tem cota de alguma coisa”, alertou Célio Sérgio.

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