Estado Maior

Rocha volta à cena

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Após o período de férias natalinas em que praticamente isolou-se do debate eleitoral no Maranhão, o senador Roberto Rocha (PSDB) - ou pelo menos os seus aliados mais próximos - voltou à cena com um discurso que em nada lembra um candidato em condições de vencer o pleito no Maranhão: o tucano resolveu ver um suposto complô entre sarneysistas e dinistas para polarizar a eleição entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).
Para Rocha - ou seus aliados mais próximos -, isso teria o objetivo de isolá-lo na eleição de outubro. O senador tucano só não percebe que seu suposto isolamento ocorre por causa de sua postura, sem vínculo com qualquer grupo político. O resultado é um PSDB sem alianças às vésperas da campanha.
Livres de qualquer complô, são os números que apontam polarização entre Dino e Roseana. O desempenho de Roberto Rocha nesses mesmos levantamentos não justifica os protestos do senador contra a possibilidade de haver uma eleição polarizada. Há muita água para rolar até outubro e insinuar um complô a essa altura é mera especulação.
Cabe a Rocha botar o bloco na rua e tentar se imiscuir no embate entre comunistas e sarneysistas. Mas ele não conseguirá esse feito apostando apenas em intervenções nacionais nos partidos políticos, achando que, a ele, basta o tempo de TV. É preciso convencer o eleitor de sua credibilidade. E antes de chegar ao bloco Dino/Roseana, terá de superar outros nomes, como os de Ricardo Murad (PRP), Maura Jorge (PODE) e Eduardo Braide (PMN).

Sangria tucana
À frente do PSDB maranhense, o senador Roberto Rocha não conseguiu conter a sangria na própria legenda.
E ainda não se ouve falar de nomes interessados em compor sua chapa, como candidatos a vice-governador e a senador.
O tucano tem até julho para viabilizar uma coligação que o coloque em condição competitiva na disputa pelo governo.

Só nas conversas
Ainda sem definir se disputará o governo ou uma vaga na Câmara Federal, o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) segue articulando palanque.
Ele tem se aproximado agora do deputado federal Waldir Maranhão (Avante), que sonha ser candidato a senador, mas encontrou as portas fechadas no governo comunista.
Além de Waldir, Braide espera contar com o prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, que foi articulador de sua campanha em São Luís, em 2016.

Dois lados
O deputado estadual Fábio Macedo confirmou que pretende mesmo deixar o PDT até abril, para a disputa eleitoral de outubro.
Apesar de ligado ao deputado federal Weverton Rocha, Macedo é filho do notório Dedé Macedo, já anunciado como suplente da eventual candidatura de José Reinaldo ao Senado.
Mesmo assim, o deputado garante que continuará a apoiar o projeto senatorial de Weverton.

A convencer
O vereador Osmar Filho (PDT) está em franca campanha para suceder o presidente da Câmara Municipal e São Luís, Astro de Ogum (PR).
O problema é que a maioria dos colegas de plenário ainda não se convenceu de sua consistência para dirigir o parlamento.
Osmar enfrenta resistências no próprio PDT, que tem ainda os vereadores Pavão Filho, Ivaldo Rodrigues e Raimundo Penha.

Na experiência
Enquanto Osmar Filho age freneticamente nos bastidores, Astro de Ogum mantém-se discreto no posto de presidente.
Embora diga que não pretende concorrer novamente ao comando da Câmara, vê a defesa do seu nome crescer a cada dia entre os colegas.
Astro tem o apoio de antigos e novos vereadores, que elogiam a forma como ele vem conduzindo a Câmara desde 2015.

DE OLHO
R$ 437 milhões

É quanto o Ministério Público quer que o ex-prefeito de Ribamar Gil Cutrim devolva aos cofres públicos

Custas processuais
Representantes da direção do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia reuniram-se na terça-feira (6) com o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador José Joaquim Figueiredo dos Anjos.
O tema central do encontro foram questões relacionadas à sistemática de pagamento de custas processuais pelas instituições bancárias.
Pelo Banco do Nordeste, participaram José Expedito (superintendente), Osvaldo Paiva (gerente jurídico), Gerson Alves (gerente executivo), Allanilsoin Oliveira (gerente de Negócios) e Thiago Boucinhas (assessor jurídico).


E MAIS

• Candidato a deputado federal, Márcio Jerry diz que vai ajudar a eleger o neo-aliado Gastão Vieira, que já tem ao menos seis eleições vitoriosas no currículo.

• O samba-enredo da Unidos de Tatuapé, que supostamente homenageia São José de Ribamar, não tem uma sequer palavra que lembre o município.

• Petardo contra secretários que supostamente usam a máquina para faturar votos, o discurso do governista Raimundo Cutrim, na Assembleia, surpreendeu os Leões. Fogo amigo?

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