Missão

ONU anuncia libertação de 300 crianças soldados no Sudão do Sul

A Minuss, que colabora com o Unicef, líderes religiosos e autoridades locais para negociar a libertação das crianças, ressalta que o maior desafio agora é garantir educação, emprego e apoio financeiro e emocional aos menores

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

NOVA YORK - A missão da ONU para o Sudão do Sul (Minuss) anunciou ontem a libertação de mais de 300 crianças soldados no sul deste país devastado pela guerra desde dezembro de 2013, dois anos após a separação do Sudão.

A libertação desses 311 menores de idade é a primeira fase de um programa que prevê desmobilizar 700 crianças soldados na região de Yambio, das quais 563 integram as tropas fieis ao presidente Kiir e 137 às do ex-vice-presidente Riek Machar.

"As crianças não deveriam carregar fuzis e se matar entre si. Deveriam brincar, se divertir com os amigos, protegidos e queridos pelos adultos de seu entorno", declarou o chefe da Minuss, David Shearer, citado em um comunicado.

Experiências

Shearer indicou que 87 das 311 crianças libertadas ontem são meninas, "que provavelmente sofreram experiências terríveis, como estupros (...) É vital que recebam o apoio que precisam para serem reintegradas às suas comunidades, e sejam acolhidas em seus lares por familiares e amigos sem serem estigmatizadas".

A Minuss, que colabora com o Unicef, líderes religiosos e autoridades locais para negociar a libertação das crianças, ressalta que o maior desafio agora é garantir educação, emprego e apoio financeiro e emocional aos menores.

A missão da ONU também negocia a libertação de crianças soldados em outras regiões, em particular no leste no norte do país.

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