STF

Gilmar Mendes pede à Polícia Federal que investigue autoria de suposta ameaça contra ele

Ministro do STF tem sido alvo de críticas e de um grupo de internet que oferece recompensa de R$ 300 para quem atingi-lo com tomates

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Manifestantes já tentaram usar tomates contra Gilmar Mendes
Manifestantes já tentaram usar tomates contra Gilmar Mendes (Tomates contra Gilmar Mendes)

BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) vai investigar a incitação de ofensas ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um grupo chamado "Tomataço", no aplicativo de mensagens WhatsApp, que oferece recompensa de até R$ 300 para quem atingir o magistrado.

Segundo a defesa do ministro, autor do pedido de abertura de investigação, a intenção do responsável pelo grupo "não era a de realizar um protesto pacífico, mas de verdadeiramente ameaçar [Gilmar Mendes] e de lhe ocasionar lesão corporal e patrimonial", afirma o documento enviado ao diretor-geral da PF, Fernando Segóvia.

No final de janeiro, Gilmar Mendes voltou a ser hostilizado por brasileiros, após duas turistas terem criticado ele nas ruas de Lisboa, no início do mês. A abordagem aconteceu dentro de um avião, que estaria seguindo para Cuiabá (Mato Grosso) neste fim de semana.

Quando o avião pousou, os passageiros começaram a hostilizá-lo, questionando se ele mandaria também soltar o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que está cumprindo pena na penitenciária da Papuda, em Brasília.

No vídeo, é possível ouvir gritos como “prende o ministro”, “vai soltar o Lula?”, “e o “Aécio?” e “vergonha”. Depois, houve um forte coro de "Fora, Gilmar!"

Gilmar Mendes vem enfrentando forte oposição, inclusive dentro do próprio STF, por causa de seu posicionamento com relação a acusados, principalmente no âmbito da Lava Jato. No fim de 2017, o ministro concedeu habeas corpus a vários presos, entre eles a ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo e o empresário do ramo de ônibus Jacob Barata.

Sérgio Moro admite veracidade

de recibos de aluguel de Lula

BRASÍLIA - O juiz federal Sergio Moro afirmou, em despacho desta quarta-feira (7), que os recibos apresentados pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para comprovar pagamento de aluguel do apartamento de São Bernardo do Campo "não são materialmente falsos".

Contudo, Moro ressaltou que só se pronunciará sobre a possível falsidade ideológica dos documentos quando concluir a sentença. Lula é acusado de receber como propina da Odebrecht uma cobertura vizinha ao imóvel onde mora em São Bernardo do Campo.

"Julgo improcedente o incidente de falsidade, uma vez que os recibos de aluguel não são materialmente falsos, e, quanto à afirmada falsidade ideológica, a questão será resolvida na sentença da ação penal", disse Moro, em despacho.

Ainda de acordo com o juiz, a conclusão sobre a suposta falsidade ideológica dos recibos depende da análise das acusações.

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