Tensão

Maldivas declara estado de emergência; forças de segurança entram no Supremo

País insular vive crise política; presidente Abdulla Yameen não aceita decisão da Suprema Corte de reabilitar deputados opositores e anular condenação de opositores políticos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

MALE - O Governo das Maldivas declarou ontem estado de emergência de pelo menos 15 dias em meio ao aumento da tensão pela decisão do presidente, Abdulla Yameen, de não acatar uma decisão do Supremo sobre opositores. Poucas horas após a declaração do estado de emergência, as forças de segurança do país entraram na Suprema Corte, segundo disse seu porta-voz, Faisal Adam, à agência Reuters.

Na semana passada, a Suprema Corte ordenou a reabilitação de 12 deputados opositores e a libertação de 9 líderes da oposição que estavam presos, entre eles o principal rival político de Yameen, o ex-presidente Mohamed Nasheed. Nasheed está exilado no Reino Unido desde 2006, quando viajou após receber uma licença médica na prisão.

O Supremo do país insular, que fica no Oceano Índico, decidiu que as condenações dos opositores foram influenciadas politicamente.

Mas Yameen não acatou a ordem da Suprema Corte, o que gerou protestos da oposição na capital Male. Houve confronto entre os manifestantes e policiais.

Soldados ocuparam o parlamento para impedir que os deputados entrassem. Quando os 12 deputados opositores reabilitados pelo Supremo voltarem ao parlamento, o Partido Progressista das Maldivas, do presidente Yameen, perderá sua maioria, o que pode resultar em um corpo legislativo opositor ao presidente.

Ontem, o presidente Yameen enviou uma carta ao Supremo em que diz que a ordem invade os poderes do Estado e é uma "violação da segurança nacional e do interesse público". Ele exige que a corte reconsidere as preocupações do governo.

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