Eleições 2018

Na Câmara, 38% da bancada maranhense não disputará reeleição

Sete deputados federais maranhenses decidiram disputar outro mandato eletivo no pleito deste ano; a maioria quer uma cadeira no Senado Federal

Carla Lima/Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Sarney Filho é pré-candidato ao Senado mais bem colocado em pesquisa
Sarney Filho é pré-candidato ao Senado mais bem colocado em pesquisa (Sarney Filho)

Carla Lima
Subeditora de Política

As eleições de 2018 estão se configurando para mudanças significativas na Câmara Federal, com uma renovação praticamente certa de mais de 1/3. Já na Assembleia, o número de deputados que não disputarão a reeleição é bem menor: somente cinco, até o momento.
Entre os deputados federais, seis decidiram não mais tentar a reeleição. Sarney Filho (PV), Pedro Fernandes (PTB), Eliziane Gama (PPS), Weverton Rocha (PDT), Zé Reinaldo Tavares (PSB), Waldir Maranhão (Avante) e Alberto Filho (MDB) decidiram buscar outros rumos políticos em 2018.
O ministro Sarney Filho, que se elegeu oito vezes deputado federal, decidiu tentar voos mais altos, este ano. Vai disputar uma das vagas de senador. Quando anunciou a decisão de disputar o Senado, afirmou que a experiência como deputado o habilita para disputar o mandato.
"Eu me acho qualificado para disputar uma vaga ao Senado. Eu tenho experiência parlamentar, eu tenho conhecimento, eu conheço os caminhos de Brasília. Eu tenho uma atuação reconhecida nacionalmente nesta minha área ambiental, mas também uma atuação reconhecida pelos prefeitos como um deputado trabalhador, um deputado que tem o seu gabinete com as portas abertas para resolver os problemas do Maranhão", afirmou.
Também decidiram tentar ser senador, a partir de 2019, os deputados Weverton Rocha, Eliziane Gama, Waldir Maranhão e Zé Reinaldo Tavares. O primeiro vem costurando a candidatura ao Senado desde 2015. Já a deputada Eliziane Gama não tem outra opção senão tentar se viabilizar como candidata a senadora. Isso porque a sua congregação religiosa, a Assembleia de Deus, estabeleceu que outros no­mes disputarão o mandato de deputado federal.
Já Waldir Maranhão e Zé Reinaldo Tavares insistem na candidatura ao Senado, mesmo sem o espaço para seus projetos junto ao grupo de que eles fazem parte, que é o do governador Flávio Dino (PCdoB).
Maranhão tinha a promessa de Dino e também do PT de que ele teria espaço na chapa majoritária do comunista em 2018. Essa promessa foi feita em 2016, na época do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT). Waldir presidia a Câmara dos Deputados e chegou a anular a sessão da Casa que deu prosseguimento ao impedimento da petista.
Antes disso, Flávio Dino conven­ceu Maranhão a mudar seu voto sobre o impeachment. A consequência da decisão para Waldir foi a perda do comando do PP.
Zé Reinaldo Tavares sempre almejou a candidatura de senador. Em 2014, teve que abrir mão para o agora senador Roberto Rocha. Para desistir da candidatura naquele ano, Tavares recebeu a promessa de Flávio Dino de que quatro anos depois ele seria um dos candidatos a senador do grupo dos comunistas.
Quatro anos se passaram e até o momento nem Waldir Maranhão e nem Zé Reinaldo Tavares conseguiram o sonhado apoio de Dino para as suas sonhadas candidaturas.

Deixando a Casa
O único deputado que não vai tentar outro mandato eletivo e deixa definitivamente a Câmara Federal é Pedro Fernandes (PTB). Segundo ele, depois de quatro mandatos, o momento é de abrir espaço para a renovação.
Mas a renovação sonhada de Fernandes é a eleição do filho, vereador licenciado Pedro Lucas, que atualmente ocupa a presidência da Agência Metropolitana no governo de Flávio Dino.

Alberto Filho
vai tentar a AL

Alberto Filho, que chegou a ser diplomado como deputado titular e depois virou suplente devido a um imbróglio jurídico envolvendo o ex-prefeito de Porto Franco Deoclides Macedo (PDT), é o único entre os 18 deputados federais que deverá fazer o caminho contrário. O emedebista deverá disputar a eleição para a Assembleia Legislativa.

Cinco deputados estaduais não tentarão a reeleição

Na Assembleia Legislativa, a expectativa é que pelo menos cinco deputados saiam para ser candidatos a deputado federal. Na lista, estão Andrea Murad (MDB), Edilázio Júnior (PV), Josemar de Maranhãozinho (PR), Eduardo Braide (PMN) e Bira do Pindaré (PSB).
Se todos eles desistirem da reeleição, na Assembleia a renovação será de, no mínimo, 11,9%.
Destes deputados estaduais, somente Eduardo Braide poderá não disputar a Câmara Federal. O parlamentar do PMN, que conseguiu chegar ao segundo turno da eleição para prefeito de São Luís, ainda analisa a possibilidade de lançar candidatura a governador.
Em recente entrevista, Braide disse que ainda está conversando sobre essa eventual candidatura ao governo. “Já fui procurado por algumas lideranças políticas e alguns dirigentes partidários, mas ainda estamos conversando. Tudo depende do anseio e da vontade da população maranhense”, disse.
Se não viabilizar seu nome para disputar o governo, o deputado irá mesmo tentar chegar à Câmara Federal.

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