Investigações

Trump poderá divulgar relatório que trata sobre o "caso Rússia"

Documento do Partido Republicano afirma que ex-espião britânico forneceu informações equivocadas ao FBI, que em comunicado disse estar "seriamente preocupado" com a possibilidade de publicação do relatório

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Trump fez na noite de terça-feira,30, seu primeiro discurso do Estado da União
Trump fez na noite de terça-feira,30, seu primeiro discurso do Estado da União (Trump fez na noite de terça-feira,30, seu primeiro discurso do Estado da União)

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , planeja divulgar um relatório elaborado pelo Partido Republicano que detalha supostos abusos cometidos pelo Departamento de Justiça durante as investigações do chamado "caso Rússia".

O chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, disse à "Fox News" que o memorando republicano será publicado assim que os advogados de segurança nacional do presidente terminem de revisá-lo, o que contraria o conselho do Departamento de Justiça. Segundo o jornal "The Washington Post", o órgão pediu a Trump para não publicar o relatório.

De acordo com a imprensa americana, o relatório alega que o ex-espião britânico que escreveu um famoso dossiê cheio de detalhes sórdidos sobre Trump, Christopher Steele, forneceu informações equivocadas ao FBI.

Com base nas informações de Steele, o FBI decidiu ampliar a vigilância sobre Carter Page, que então era assessor de política externa na campanha eleitoral de Trump. A suspeita era que ele atuava como agente russo. O pedido judicial para efetuar a espionagem teria sido assinado pelo vice-procurador-geral dos EUA, Rod Rosenstein.

Os democratas temem que Trump utilize o relatório para demitir Rosenstein e, mais para frente, o procurador especial Robert Mueller. Rosenstein supervisiona Mueller, responsável por investigar a interferência da Rússia nas eleições de 2016 e os vínculos dos funcionários do Kremlin com a campanha republicana.

A divulgação do documento, produzido por funcionários do congressista republicano Devin Nunes, foi aprovada nesta terça pelo Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUA. A Casa Branca tem cinco dias para responder se permite ou não a divulgação do memorando.

FBI diz ter preocupações

O FBI divulgou um comunicado em que afirma estar "seriamente preocupado" com a possibilidade de publicação do relatório. A polícia federal americana diz ter tido uma "oportunidade limitada" para revisar o relatório, que lhe foi entregue um dia antes de o Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUA ter aprovado a publicação.

"Sobre o relatório do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, o FBI teve uma oportunidade limitada de revisar esse relatório", explicou a agência em uma breve nota divulgada nesta quarta.

O FBI destacou que existem "sérias preocupações" com algumas "omissões" de fatos no relatório, o que poderia comprometer a "exatidão" das informações contidas no documento.

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