Concurso da PM

Cebraspe nega rigor na avaliação, após morte de candidata em teste da PM

Daniele Silva sofreu um AVC quando participava do Teste de Aptidão Física; entidade responsável pelo concurso alega que percurso da corrida foi menor do que o usual

Robert W. Valporto / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Daniele Silva trabalhava na Delegacia de Polícia de Barra do Corda
Daniele Silva trabalhava na Delegacia de Polícia de Barra do Corda (Daniele)

SÃO LUÍS - Daniele Nunes Silva, de 24 anos, morreu na noite de terça-feira, 30, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) enquanto fazia o Teste de Aptidão Física (TAF) do concurso para a Polícia Militar do Estado do Maranhão (PMMA). Ontem, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), responsável pela realização do concurso, negou excesso de rigor no teste físico.

Ela ainda foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bacanga, mas che­gou morta. Ontem, 31, a família esteve no Instituto Médico Legal (IML) para acompanhar a liberação do corpo, que foi levado para Barra do Corda, onde seria velado. Daniele estava em São Luís há dois dias, para prestar provas para o concurso da PMMA. Daniele Silva era funcionária da delegacia de Barra do Corda. A mãe de Daniele Silva disse à TV Mirante que a jovem não tinha problemas de saúde e que, recentemente, exames comprovaram isso.

Sobre o ocorrido, o Cebraspe informou que, conforme atestado médico apresentado pela candidata e emitido em 24 de janeiro de 2018, assinado e carimbado por profissional de saúde, ela apresentava-se apta à realização da etapa do referido certame. Conforme item 5.2 do Edital nº 7 do concurso, no atestado médico, a ser providenciado pelo candidato, deve constar, expressamente, que ele está apto a realizar a prova.

O centro disse ainda que o candidato que apresentasse o atestado médico em desacordo ao que dispõe o edital seria impedido de realizar a prova.

Segundo o Cebraspe, ao sentir-se mal, a candidata foi prontamente atendida, ainda no local da prova, por equipe médica de plantão e por ambulância equipada com o aparato necessário a atendimentos de urgência/emergência, recursos disponibilizados em todas as etapas de capacidade física realizadas por esta Instituição. A candidata foi encaminhada pelo médico plantonista à UPA mais próxima do local, até que outro médico desse continuidade ao atendimento.

Com relação ao rigor do teste físico para o concurso da PMMA, o centro frisou que a corrida aeróbica prevista teve distância mínima de percurso menor do que a usual em outros certames da mes­ma natureza. Informou também que os índices visavam assegurar que os candidatos aprovados possuíam condições físicas mínimas para desempenhar as atribuições do cargo.

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